Após denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou um extrativista por homicídio qualificado contra um indígena. O crime ocorreu nas proximidades da Aldeia Indígena Kamaparu, na Terra Indígena Catipari/Mamoriá, em Pauini (AM). O réu recebeu 15 anos e 7 meses de reclusão em regime fechado.

No dia 19 de abril de 2016, no Lago Inari, a vítima foi alvejada com disparo de arma de fogo após desentendimento com o réu. O homicídio está ligado à disputa de terras e ao uso do lago entre indígenas da Terra Indígena Catipari/Mamoriá e extrativistas da Comunidade Nazaré, vizinha à Reserva Extrativista Médio Purus.

O assassinato ocorreu na presença do filho da vítima, então com 9 anos de idade. A criança remou por cerca de duas horas com o corpo do pai na canoa até o local de residência da família. O crime foi classificado como de consequências extremamente graves

O Ministério Público Federal atuou na sessão de julgamento com dois membros. O procurador natural foi apoiado por integrante do Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri, especialista em casos ocorridos na Amazônia, garantindo suporte técnico e experiência regional.

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