Mais de 20 animais foram resgatados de um criadouro clandestino pela Secretaria de Estado de Proteção Animal (Sepet-AM) neste sábado (15), em uma casa no Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus. Entre os resgatados estavam poodles, yorkshires, vira-latas, lulus-da-pomerânia, gatos, galinhas, codornas, um periquito e até um coelho.
O resgate começou depois que equipes flagraram uma mulher transportando cães em atitude suspeita perto do imóvel — endereço que já havia sido investigado anteriormente. Ao entrar na casa, os agentes encontraram um ambiente totalmente insalubre, com cães doentes, um gato preso em uma gaiola e sujeira acumulada por todos os lados.
A secretária Joana Darc lembrou que o local já havia sido alvo de ação em 2019, período em que ainda não existia a Lei Sansão — legislação que endurece penas para maus-tratos contra cães e gatos.
Durante a operação foi constatado que:
- o local já havia sido alvo de intervenção;
- vários animais eram mantidos apenas para reprodução;
- o Estado agora assume responsabilidade total pelos resgatados.
A ação contou com apoio da Comissão de Proteção e Bem-Estar Animal da CMM e da CIPCães.
O que diz a Lei Sansão
A Lei nº 14.064/2020 aumenta a pena para maus-tratos contra cães e gatos, permitindo prisão para quem mantém animais em condições de sofrimento. A legislação foi inspirada no caso do pitbull Sansão, que teve as patas mutiladas.
Destino dos animais
Os animais foram levados ao Hospital Público Veterinário do Amazonas, onde passarão por avaliação e cuidados.
Após os trâmites legais, estarão disponíveis para adoção responsável, já castrados, vacinados e vermifugados.
A secretária também reforçou o alerta sobre comprar animais sem conhecer a origem:
Muitos compram filhotes sem saber que, por trás, há canis clandestinos e animais vivendo em sofrimento.
Local reincidente
Em 2019, a mesma dona já havia sido notificada pela posse irregular de dezenas de animais, incluindo cães, gatos e até silvestres como macacos, jabutis, araras, tucanos e corujas.
Desta vez, o cenário estava ainda mais grave, com ratos mortos, teias de aranha, fezes e comida estragada por toda a casa. A Sepet-AM agora apura a responsabilidade da suspeita e a possível reincidência em maus-tratos.
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