Quase um mês após o fim da COP 30, as discussões sobre sustentabilidade, inovação tecnológica e Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) continuam repercutindo. O evento reuniu líderes mundiais, instituições públicas, privadas e organizações civis, destacando temas essenciais para políticas públicas ambientais.

Um projeto amazonense se destacou durante a conferência: o NFT Hope Green. A tecnologia aplica NFTs a cada árvore, funcionando como uma ficha de dados que acompanha crescimento, ciclo de produção e necessidades da planta.

Com isso, agricultores que plantam diferentes tipos de mudas conseguem otimizar o trabalho e aumentar a produtividade. Na plataforma Hope Green, ao adquirir o NFT, o consumidor vê o nome e endereço do agricultor familiar, as mudas plantadas e o histórico completo do local de plantação.

O projeto se apoia fortemente na Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), essencial para melhorar a qualidade de vida e aumentar a renda dos agricultores familiares.

De acordo com Ana Paula Paiva, engenheira florestal e agente de ATER, apresentar o projeto na COP 30 trouxe discussões e retornos positivos.

“Ao final da apresentação, surgiram trocas riquíssimas sobre governança socioambiental e sobre como a aproximação entre o setor público e o setor privado pode gerar soluções reais, consistentes e transformadoras. O que mais encantou a audiência foi perceber o impacto concreto que o projeto gera na vida das famílias rurais, aliado ao retorno institucional e de imagem para a empresa parceira”, destacou.

Ao todo, 75 produtores rurais já utilizam a tecnologia no Amazonas. Segundo o CEO da startup, Expedito Belmont, a COP 30 abriu portas importantes para o setor tecnológico.

“Para nós, a mensagem que ficou da COP 30 foi muito clara: um futuro sustentável se constrói com presença e atuação no território. A tecnologia precisa servir quem faz a ponte entre políticas públicas e vida real, principalmente na Amazônia, que possui inúmeros desafios”, acrescentou.

Parceria

A plataforma Hope Green foi criada por uma startup amazonense, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).

(*) Com informações da assessoria

Leia mais: Wilson Lima autoriza asfaltamento, novos poços e iluminação LED em Maués