A mulher que atropelou e matou o namorado e uma amiga dele na madrugada do último domingo (28), na zona sul de São Paulo, tentou fugir do local e precisou ser levada às pressas à delegacia para evitar ser linchada por populares, segundo o boletim de ocorrência.

Geovanna Proque da Silva, de 21 anos, dirigia um Citroen em alta velocidade quando colidiu com a moto conduzida pelo namorado, Raphael Canuto Costa, também de 21 anos. Na garupa estava Joyce Correa da Silva, de 19 anos. Com o impacto, a moto foi lançada a cerca de 30 metros, e ambos morreram no local. Dois veículos estacionados também foram atingidos, e um homem ficou ferido.

Após o acidente, Geovanna fugiu, mas, sentindo tontura, deitou-se em uma calçada próxima ao local do crime. Policiais militares a abordaram e prenderam em flagrante. O episódio ocorreu na rua Professor Leitão da Cunha, no bairro Parque Regina. Segundo o boletim, os PMs “retiraram Geovanna imediatamente do local, visto que populares queriam linchá-la”.

Motivação por ciúmes

De acordo com testemunhas e investigação policial, Geovanna teria agido por ciúmes. Momentos antes, Raphael participava de um churrasco em sua casa, e a namorada teria se incomodado com a presença de outras mulheres, como indicam mensagens enviadas por WhatsApp.

Irritada, ela foi acompanhada da madrasta, ainda não identificada, até a casa do namorado. Como não conseguiu entrar, Raphael saiu para andar de moto. Geovanna então pegou o carro e seguiu o casal. Próximo a uma adega, Raphael encontrou Joyce, amiga de infância, que subiu na garupa da moto. Logo em seguida, ambos foram atingidos pelo carro de Geovanna.

Uma câmera de segurança registrou o momento em que Geovanna colidiu em alta velocidade com a motocicleta.

Prisão e investigação

Quando detida, Geovanna apresentava sinais de sonolência, mas estava consciente e conversava claramente. Ela relatou uso de medicamentos antidepressivos e histórico de tentativa de suicídio. A jovem foi levada à Assistência Médica Ambulatorial (AMA) de Pirajussara e permaneceu à disposição da Justiça.

Em audiência de custódia, a prisão de Geovanna foi convertida em preventiva. Ela deve responder por duplo homicídio qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa das vítimas.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso está sendo investigado pelo 37° Distrito Policial (Campo Limpo), que busca identificar envolvidos, localizar testemunhas e analisar novas imagens que possam esclarecer os fatos.

As vítimas foram veladas: Joyce no domingo (28) e Raphael na segunda-feira (29).

(*) Com informações do Metrópoles

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