Caminha para a mais completa frustração o sonho de mais de 4 milhões de cidadãos amazonenses de verem concluído o chamado Trecho do Meio da BR-319, realizando a interligação do Estado com a região Sul do país, um sonho que, obviamente, fortaleceria os negócios do modelo Zona Franca de Manaus nos mercados nacionais.

Além da revoltante indiferença do Governo Federal, que praticamente abandonou a causa, várias entidades, nem sempre com bons propósitos, atacam ferozmente a rodovia, alardeando que a sua pavimentação provocaria uma onda de desastres ambientais na região.

Por exemplo, o CPI (Climate Policy Initiative/PUC-Rio) divulgou estudo segundo o qual a pavimentação completa da BR geraria um impacto negativo em mais de 300 mil quilômetros quadrados da região. O estudo foi destacado em recente evento ocorrido na Universidade Princeton (EUA).

Não é de hoje que entidades como o Climate Policy Initiative se esmeram em atos objetivando criar uma atmosfera de terror sempre que o Amazonas ousa lutar pela desejada pavimentação. Agora, não é diferente, e a intenção é clara: boicotar a BR e manter isolado um estado-continente que, dotado da devida infraestrutura e usando suas potencialidades naturais, poderia rapidamente deslanchar sua economia, se impondo diante das outras regiões.

Ao mesmo tempo, a indiferença do Governo Federal piora tudo em uma parte da Amazônia semi destruída pela especulação imobiliária, pelos garimpos de ouro e pelo tráfico de drogas. A esperança para aplacar esse cenário tétrico seria, justamente, a pavimentação da rodovia, que então obrigaria o governo a se fazer verdadeiramente presente na área com seus órgãos de fiscalização. Mas, a BR não passou de um sonho de uma noite de verão.

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