Agentes da 33ª DP (Realengo) apreenderam um frasco de Butox, veneno para pulgas, encontrado na casa de Cíntia Mariano Dias Cabral, suspeita de tentar matar por envenenamento os enteados. Também foram recolhidos um recipiente de feijão, que teria sido usado pela suspeita na ação criminosa, e restos de comida retirados do lixo. O vidro de veneno foi encontrado numa prateleira embaixo do cooktop da residência, na cozinha.
A madrasta das vítimas teve a prisão decretada nesta sexta-feira. De acordo com investigações, um estudante de 16 anos deu entrada, na tarde de 15 de maio, no Hospital Municipal Albert Schweitzer, com tonteira, língua enrolada, babando e com coloração da pele branca após comer um prato de feijão feito e servido pela madrasta, que mantinha um relacionamento conjugal com seu pai há cerca de seis anos.
A família mora em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. A irmã do rapaz, a também estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, já havia sentido sintomas semelhantes após outra refeição e morrido na mesma unidade de saúde, 12 dias após ser internada, em 15 de março. Inicialmente, o caso foi tido como causa natural, mas agora o suposto homicídio da jovem está sendo apurado em outro inquérito da delegacia.
Segundo a Polícia Civil, o conteúdo que estava no estômago do enteado foi recolhido e será analisado para averiguar qual substância teria sido usada no envenenamento. Os investigadores tambem vão solicitar o prontuário médico de Fernanda, e uma exumação do corpo poderá ser solicitada. Uma das hipóteses é de que Fernanda tenha morrido por envenenamento.
A polícia acredita que o crime tenha sido motivado por ciúme do marido com os filhos.
Na decisão, a magistrada destacou que o envenenamento de Bruno ocorreu há poucos dias, estando a vítima ainda hospitalizada, e que os “elementos contidos” no inquérito indicam que a liberdade da madrasta certamente “poderá causar prejuízos irreparáveis para o prosseguimento das investigações policiais”. A juíza continua: “Isso porque poderá exercer pressão sobre as testemunhas, levando em conta que os presentes na residência no momento do crime são familiares, filhos inclusive da suspeita”.
Segundo os depoimentos prestados na distrital, durante o almoço, em que foram servidos ainda arroz, bife e batata frita, estavam presentes, além do casal, e dos dois estudantes, uma filha de outro casamento de Adeilson e dois filhos e uma neta da madrasta. Na ocasião, o rapaz reclamou que o feijão estava com gosto amargo e o colocou no canto do prato. A madrasta então levou o prato de volta a cozinha e colocou mais comida.
Após a refeição, o estudante foi deixado na casa da mãe, Jane Carvalho Cabral, que minutos depois ligou para o ex-marido contando dos sintomas apresentados pelo filho. Levado ao Albert Schweitzer, o jovem foi submetido a uma lavagem gástrica e teve a intoxicação exógena diagnosticada pela equipe médica. Ele continua internado.
*Segundo a Segundo
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