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Separatismo

Entenda a polêmica em torno do movimento separatista no Pará

Em conversa com o portal o Em Tempo, Plínio afirmou que a criação do direito de se realizar um plebiscito é uma forma de garantir a escolha da população

A luta dos municípios a oeste do Pará em prol da criação do Estado de Tapajós já ultrapassa 170 anos

Durante a volta dos trabalhos legislativos de 2022, o Senador Plínio Valério (PDSB), concedeu uma entrevista a um jornal local, onde defendeu a cobrança da aprovação do plebiscito que pede a viabilidade da divisão do Estado do Pará. Em conversa com o portal o Em Tempo, Plínio afirmou que a criação do direito de se realizar um plebiscito é uma forma de garantir a escolha da população.

“Como Senador da República e relator do projeto do Senador Siqueira Campos, que cria a possibilidade de se fazer um plebiscito. Sou um defensor da liberdade, dos desejos, das lutas e o povo luta há 170 anos por isso. Então o meu parecer é dando o direito de que os paraenses realizem um plebiscito para decidir se eles querem isso”

, afirmou.

A luta dos municípios a oeste do Pará em prol da criação do Estado de Tapajós já ultrapassa 170 anos. O projeto prevê a formação de uma nova unidade federativa, que será composta por cerca de 20 municípios e seria formado por uma população de 2 milhões de habitantes.

A principal justificativa para a nova distribuição do território é que possuem independência financeira da capital Belém, tendo em vista que a principal fonte é a exploração de recursos minerais e agronegócio.

A Proposta separatista surgiu em 1880, organizada pelo major Augusto Fausto de Sousa, que elaborou um mapa chamado “Império do Brasil Dividido em 40 Províncias”. Após 131 anos (em 2011), foi realizado o primeiro plebiscito, onde a população foi consultada acerca da divisão territorial.

Na época, 66,08% dos votantes válidos (cerca de 2.344.654 votos) foram contra a criação do Estado de Tapajós. Os votos a favor da nova organização, somaram cerca de 33,92% (1.203.574 votos). Apesar do resultado “negativo”, o debate não foi encerrado.

Em 2019, um projeto no Senado que pede realização de nova consulta pública acerca da formação do Tapajós iniciou tramitação. O Senador Plínio, deu parecer favorável para o pleito, a fim de formar um novo plebiscito.

“A separação vai depender deles (paraenses). Então você vai ter os 23 municípios, contra, principalmente a região metropolitana, governo do Estado e toda a máquina, caso seja aprovado o plebiscito. Estou concedendo o direito de uma realização de plebiscito. O direito do sim e do não”

, disse.

Apesar de apoiar a formação de um plebiscito que vise a votação da possível criação do Tapajós por divisão territorial, o Senador Plínio afirma o caso do Estado não pode ser classificado como movimento separatista.

“Não classifico como movimento separatista no Brasil, o fato de 23 municípios buscarem autonomia. Também não sou defensor de separatismo, longe de mim isso”, afirmou.

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