Com os maiores produtores de alimentos do mundo (Rússia e Ucrânia) em guerra, o planeta vê agravarem-se cada vez mais as estatísticas da insegurança alimentar. No Brasil, os reflexos dessa crise são devastadores, o que só piorou com a alta dos preços dos combustíveis.
Em 2021, em torno de 20 milhões de brasileiros passavam 24 horas ou mais sem ter o que comer, conforme dados de um estudo do “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil” da Rede Pessan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).
Entre 2019 e 2021, pesquisa do Centro de Políticas Sociais do FGV Social apontou um salto de 30% para 36% do percentual de brasileiros que sofrem insegurança alimentar e ameaça de fome total. Com a guerra, o problema tornou-se um drama desproporcional que o Governo Federal sequer pode atacar, como deveria, porque esbarra nos limites do teto de gastos.
Enquanto isso, nos estados, com o desemprego em alta e a renda em baixa devido à crise geral, os governadores buscam dar o máximo para aplacar a penúria social de suas populações. É o caso do governador Wilson Lima, no Amazonas, onde o programa Prato Cheio socorre milhares de amazonenses em situação de vulnerabilidade social.
Em Iranduba, por exemplo, o restaurante popular oferece 400 litros de sopa diariamente, de segunda-feira a sábado, de forma gratuita. O almoço custa o valor simbólico de R$ 1. Evidente que não é o melhor que o governador gostaria de proporcionar ao seu povo, mas é o suficiente para se evitar que, em um momento como o atual, de crise econômica globalizada, as pessoas morram de inanição.
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