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Após protestos, prefeitura esclarece que trabalhadores dos executivos não serão prejudicados

Os motoristas dos executivos realizaram protestos em frente à Câmara

Foto: Reprodução

Manaus (AM) – Após um debate acalorado entre vereadores de situação e oposição, além de motoristas do transporte executivo e alternativo na Câmara Municipal de Manaus (CMM), na manhã de terça-feira (7), sobre o Projeto de Lei n° 150/2022, que integra os micro-ônibus alternativos e executivos ao sistema de transporte urbano de Manaus, a Prefeitura de Manaus recebeu representantes do Sindicato dos Rodoviários para esclarecer dúvidas e garantir que não há intenção de prejudicar os trabalhadores. Eles temiam a extinção da categoria.

A informação é do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), que esclareceu ainda, por meio de nota, que a “nova Lei cria o transporte complementar que substituirá os atuais alternativos e executivos e não trata da extinção de cobradores, estabelecendo a possibilidade de a cobrança ser realizada pelos motoristas, ordenando o que já está ocorrendo atualmente, em veículos menores, em algumas linhas com baixa demanda. A condição como ocorrerá esse serviço será regulamentada posteriormente por decreto”, esclarece.

 Ainda no documento do IMMU, a Prefeitura “esclarece que não irá prejudicar a categoria e que busca formas de melhorar ainda mais o sistema do transporte público de passageiros que atende a população”, finaliza.

Debates e desespero

Revoltados com o projeto, centenas de trabalhadores do setor se reuniram em protesto na Casa Legislativa Municipal, nesta terça (7).

De acordo com os manifestantes, o PL teria sido aprovado sem aviso prévio e conversas importantes com representantes do setor e visa extinguir a categoria da capital amazonense.

“Hoje que soubemos deste PL que visa diminuir nossa categoria, que é um total de 470, para 280 permissões somente. Estamos aqui para entrar em consenso com a Prefeitura, para que não aprove esse projeto, aprovado pela maioria dos vereadores. Serão centenas de trabalhadores desempregados”, afirma o motorista Francinei Lima, 46 anos.

Ainda em protesto, o trabalhador prossegue relatando que só o transporte urbano público não tem dado conta de atender o sistema viário.

“Vocês, nossos usuários, estão prejudicados hoje, sem o transporte executivo. Vemos, também, que o transporte convencional não dá conta de atender toda a cidade. Somos um opcional e precisamos de vocês da mesma forma que precisam de nós”, afirma.

Iris Guerreiro, 40 anos, disse que atua na linha 845 do sistema executivo. Assim como Francinei, afirma que eles representam uma “concorrência” aos empresários.   

“Não fomos avisados sobre o que foi aprovado, querem extinguir o transporte executivo. Na linha que eu trabalho, transportamos de 250 a 300 por dia e eles dependem da gente, porque não querem andar nos ônibus convencionais. Se nós não fazemos melhor é porque nunca nos deram condições. Não extingam uma classe toda”, desabafou a trabalhadora.

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