Ao decidir investigar um provável esquema de lavagem de dinheiro do narcotráfico na tríplice fronteira (Brasil/Colômbia/Peru), no Alto Solimões, a Polícia Federal poderá desnudar uma gigantesca caixa preta dos milionários negócios do crime organizado, que podem ir além da comercialização de pirarucus, tracajás e carnes de caça.
Sabe a PF que o tráfico internacional de drogas, hoje, está associado a outros negócios ilegais, que rendem lucros fantásticos no mercado negro de atividades espúrias, ou hediondas, como, por exemplo, o tráfico de órgãos, de armas e a biopirataria.
Lógico que, para ir bem fundo em suas investigações, a PF terá que atuar em parceria com o Poder Judiciário, os Ministérios Públicos Federal e Estadual, e também com a Receita Federal e a Sefaz. Só essa grande rede de inteligência poderá descobrir, de forma clara, as conexões financeiras dos envolvidos com as transações criminosas.
Só por meio dessa rede é que os “laranjas” do esquemão serão desmascarados, caminho para se chegar aos chefões da verdadeira Cosa Nostra que, em nome de lucros incalculáveis e absurdos, controlam o poder político no Alto Solimões e cometem abusos mil na Terra Indígena Vale do Javari.
A torcida é para que as investigações da PF trilhem o rumo certo e alcancem os figurões do crime. Com certeza, eles estão por trás do desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Philips. Afinal, Bruno e Philips combatiam, sem tréguas, a grilagem de terra, o contrabando de madeira, caça e pesca ilegais e o tráfico de drogas e de armas na região.
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