Festival de Parintins 2ª noite de Festival: Pajé sobrevoando arena, homenagens a Dom e Bruno e defesa das minorias Caprichoso foi o primeiro a se apresentar e levou para a arena o subtema "Amazônia-Aldeia: O brado do povo” Mara Magalhães - 26/06/2022 às 12:0326/06/2022 às 12:03 Foto: Bruno Zanardo/Secom Parintins (AM) – A segunda noite do Festival Folclórico de Parintins foi marcada pelas lutas constantes dos povos e comunidades tradicionais da floresta, defesa da negritude e do público LGBTQIA+, além de homenagens ao indigenista Bruno Pereira e ao jornalista Dom Phillips, mortos no Vale do Javari. Caprichoso foi o primeiro a se apresentar e levou para a arena o subtema “Amazônia-Aldeia: O brado do povo”. Assim como na primeira noite, o touro negro mostrou uma apresentação grandiosa. Caprichoso destacou o item Figura Típica Regional “O Caboclo da Mata”, que vive em simbiose com seu meio. O bumba apresentou sons dos muitos batuques de mestres griôs brasileiros homenageados na marujada de guerra, que se uniu à luta das mulheres que mantêm a floresta de pé. A arena ganhou “Trilhos da Morte” para o bumbá narrar a história de construção da ferrovia Madeira-Mamoré. Mas foi com a toada “Vale do Javari” que o azul e branco emocionou a todos no Bumbódromo, ao lembrar da luta ativistas e ambientalistas em defesa dos povos da Floresta e homenagearam Dom Phillips e Bruno Araújo, brutalmente assassinados. Para a homenagem, o touro negro trouxe Ângela Mendes, filha do ambientalista Chico Mendes e o líder indígena Dario Kopenawa, ao som da toada “Vale do Javari”, de Ronaldo Barbosa, lançada em 1996. A apresentação apoteótica da segunda noite do boi negro da Amazônia terminou com Momento Tribal Rito de Resistência “Mulheres-Floresta: As guardiãs da vida”. Garantido Celebrando a negritude e o combate ao racismo, o boi-bumbá Garantido fechou a segunda noite do Festival de Parintins com o subtema “Luta, Resistências e Revolução”. A diversidade cultural do Brasil também foi destacada pelo boi do coração na testa, na arena. A galera do boi do coração foi ao delírio com “Vermelho”, um dos hinos do Garantido”, em um dos momentos da apresentação. Para a Figura Típica Regional, o boi da baixa trouxe ‘Cabanos da Amazônia. Na celebração folclórica, foi a ‘Festa do Povo Negro’, seguido da Lenda Amazônica representando ‘Xandoré e Ticê’ e encerrando com ritual indígena ‘O fim do mundo Karajá’. Imagem: Secom Um dos ápices da apresentação foi a entrada do pajé Adriano Paquetá, que sobrevoou a arena em uma águia, erguida por um guindaste. O amo do Garantido, João Paulo Faria, também levantou a galera com desafios ao contrário. Na terceira noite, Garantido abre e o Caprichoso fecha. O campeão do festival será conhecido nesta segunda-feira (26). Leia mais: Deborah Secco sobre Parintins: “É a coisa mais linda do mundo” Mulheres tuxauas e prevenção da Amazônia marcam primeira noite do Festival de Parintins Comerciantes têm vendas aquecidas e apostam em faturamento recorde este ano em Parintins Entre na nossa comunidade no Whatsapp!