O papa Francisco desembarcou no Canadá, na tarde domingo (24), para uma “viagem de penitência”, na qual promete reiterar o pedido de perdão pelo papel da Igreja no abuso de crianças indígenas canadenses cometido em internatos católicos.
Durante a visita de cinco dias, ele irá se reunir com lideranças para abordar o escândalo de abuso e apagamento da cultura indígena nas instituições. Pelo menos 6 mil crianças teriam morrido por negligência nos locais, segundo estimativas.
A visita se iniciou neste domingo, quando o pontífice foi recebido primeiro-ministro Justin Trudeau e por Mary Simon, governadora-geral do Canadá, ao desembarcar em Edmonton, na província de Alberta. Até sexta-feira (29), ele também visitará as cidades de Quebec, e Iqaluit, capital do território de Nunavut.
Antes do embarque, nesta manhã em Roma, o líder religioso mandou uma mensagem aos canadenses, sinalizando que esta será uma “jornada de reconciliação”.
“Caros irmãos e irmãs do Canadá, eu venho até vocês para me encontrar com os povos indígenas. Espero, com a graça de Deus, que minha peregrinação penitencial possa contribuir para a jornada de reconciliação que já está em andamento. Por favor, me acompanhem em orações”, escreveu Francisco no Twitter.
Internatos religiosos
Os internatos eram parte da estratégia de assimilação forçada dos inuits, povo originário da região. Os jovens eram afastados de suas famílias e sofriam abusos, incluindo estupros.
Estima-se que 150 mil crianças tenham sido matriculadas desde o final do século 19 até a década de 1990 em 139 internatos pelo país. Os locais eram subsidiados pelo Estado, mas cerca de 70% deles eram administrados pela Igreja Católica.
Foto: Cole Burston/Getty Images
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Edição Web: Bruna Oliveira
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