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Decisão

Homem que ameaçou virar ministros de “cabeça para baixo” deve seguir preso, diz PGR

O ex-vereador conhecido como Ivan Papo Reto foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF

Divulgação

Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-vereador e influenciador digital Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, de 46 anos, conhecido como Ivan Papo Reto, deve continuar preso enquanto a Polícia Federal investiga se ele teve cúmplices ao fazer ameaças contra políticos de esquerda e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O homem foi detido na última sexta-feira (22), em Belo Horizonte, após mandado de prisão temporária expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte.

Antes de ser preso pela PF, o ex-vereador ainda debochou da possibilidade em vídeo que se referia a Moraes: “Prende minha rola”.

Pedido da PF atendido pela PGR

A prisão decretada foi pelo período de cinco dias, e a PF pediu ao Supremo a prorrogação por igual prazo, enquanto termina a perícia em material apreendido na casa do suspeito.

“A liberdade do custodiado pode causar sérios prejuízos à investigação, com possível supressão de provas, que podem ser localizadas com o término do exame do material apreendido ou mesmo a comunicação com outros membros do grupo, ainda não identificados, acarretando a ineficácia das medidas investigativas”,

argumentou a Polícia Federal.

A PGR foi então acionada por Moraes a se manifestar e concordou com a PF, em ofício protocolado nesta segunda-feira (25).

“A autoridade policial apresentou, de maneira fundamentada, as razões que demandam a prorrogação excepcional da medida cautelar, com o escopo de assegurar a devida identificação de outros membros de possível grupo criminoso e de evitar destruição de provas”,

avaliou a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que responde na ausência do titular da PGR, Augusto Aras, que está de férias.

“Assim, considerando que a conclusão da perícia técnica pode ensejar a necessidade de novas diligências investigativas urgentes para a coleta de elementos de informação e que a liberdade do custodiado representa concreto risco para a investigação, afigura-se ainda existente o ‘periculum libertatis’, pelo que a prorrogação da prisão temporária é imprescindível para a eficácia da investigação”, diz ainda o texto.

*Com informações do Metrópoles

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