Na tentativa de retomar o caminho dos títulos com as três competições que disputa, o Flamengo anunciou mais um reforço para o time de Dorival Jr. O volante Erick Pulgar assinou contrato com o clube até 2025. Aos 28, o chileno chega para jogar junto do compatriota Arturo Vidal.
Para comprar Pulgar em definitivo da Fiorentina (Itália), o Flamengo pagou cerca de 3 milhões de euros. Ao que tudo indica, o volante deve ser o terceiro nome da lista rubro-negra para as quartas de final da Libertadores, ao lado de Vidal e Cebolinha.
Revelado pelo Antofagasta, do Chile, Pulgar também passou por Universidade Católica, Bologna, Fiorentina (Itália) e Galatasaray (Turquia), onde estava até fechar com o rubro-negro.
Convocado pela primeira vez para a seleção chilena em 2015, Pulgar é uma das peças importantes do meio campo da equipe. Ao todo, foram 40 jogos com a camisa do Chile e quatro gols marcados. Além disso, o jogador foi campeão da Copa América Centenário, em 2016.
Polêmicas extracampo
Antes mesmo da negociação ser concretizada, alguns torcedores do Flamengo fizeram campanha contra a chegada do volante com a hashtag #pulgarnão. Isso porque o jogador de 28 anos já se envolveu em casos de abuso sexual e até homicídio.
Em junho deste ano, uma jovem de 24 anos alegou ter sido abusada sexualmente em uma festa organizada pelo jogador na capital Santiago. De acordo com o jornal chileno El Deportivo, a vítima estava em um bar no bairro de Las Condes, na zona sul da cidade, perdeu a consciência e só a recuperou na casa do volante, para onde foi levada junto a outras dez pessoas.
O jogador foi interrogado pela Polícia local. O capitão Marcelo Ruiz, responsável pelo caso, declarou à publicação que a denúncia ainda está sendo averiguada. A mulher, cuja identidade não foi revelada, afirmou à Polícia que possui provas fotográficas de ter sido vítima de um estupro coletivo. Pulgar terá que dar explicações a um juiz no Chile. Erick e seu empresário, Fernando Felicevich, negam as acusações e afirmam que imagens das câmeras de segurança vão inocentá-lo.
A notícia caiu como uma bomba em Florença, onde a Fiorentina pagou 13 milhões de euros para comprar o chileno do Bologna.
Depois de jogar bem na primeira temporada, o volante sofreu com lesões, foi emprestado ao Galatasaray e, se seria reavaliado, não vestirá mais a camisa do clube italiano. No início da temporada, a equipe recusou proposta de 1,6 milhões de dólares do Corinthians pelo jogador. Além disso, a equipe deseja abrir uma vaga de extracomunitário para contratar o lateral-direito brasileiro Dodô, que deixou o Shakhtar Donetsk em meio à guerra na Ucrânia.
Ainda assim, a ideia de Pulgar era seguir na Europa, mas sem mercado, uma volta à América do Sul parece iminente. No Flamengo, o nome chegou a ser descartado antes de voltar à tona.
Em um longo post no Instagram que foi posteriormente apagado, Pulgar se pronunciou por meio de um comunicado onde afirmou ter se colocado à disposição para a investigação. O jogador afirmou ainda não ter “conhecimento de quaisquer problemas que tenham surgido” em sua casa e que foi interrogado por ser o dono da residência. Por fim, afirmou: “não estou envolvido em nenhuma denúncia ou crime”.
‘Quase homicídio’
A primeira polêmica da carreira de Erick Pulgar aconteceu em 2013, quando ainda atuava no Deportes Antofagasta, clube de sua cidade natal. À época zagueiro central, o volante atropelou Daniel Ampuero, de 66 anos, e não prestou socorro. Depois, o idoso morreu, e o jogador acabou preso preventivamente. Em depoimento à Polícia, Pulgar afirmou ter fugido por medo, já que não tinha licença para dirigir.
Anos mais tarde, o jogador acabou condenado por “quase homicídio”, crime previsto no Código Penal chileno. Sua carteira de motorista foi suspensa por um ano. Em 2019, a família de Ampuero abriu um processo civil contra o jogador, que segue em aberto no país.
Outros episódios de indisciplina como o abuso de álcool e o gosto pela noite também fazem parte da extensa ficha de Pulgar. Em 2017, ainda no Bologna, foi multado pelo clube por indisciplina por duas vezes. Em junho, esteve com Gary Medel e outras personalidades chilenas em uma festa numa boate que terminou em tiroteio com quatro feridos.
*Com informações do Extra
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