Amom Mandel cobra investigação rígida sobre atentado sofrido por equipe em Manaus

Manaus (AM) – O candidato a Deputado Federal Amom Mandel (Cidadania) concedeu entrevista em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (4), para esclarecer sobre o ataque criminoso contra a equipe na manhã desta terça-feira (2), no bairro Cidade de Deus, zona Leste.

A equipe de Bases Políticas de Amom averiguava denúncias relacionadas ao transporte coletivo no bairro quando o veículo foi abordado por uma dupla de morto, com placa não identificada, que gritaram “Amom aqui não”, antes de dispararem contra o carro e fugirem.

O parlamentar desmentiu rumores de que estaria no veículo e cobra rigor nas investigações do caso.

“Essa região onde ocorreu esse caso é uma zona vermelha e que tem atuação da criminalidade. Registramos um boletim de ocorrência (B.O). Tratamos o caso junto ao nosso departamento jurídico e não havíamos comunicado aos veículos de comunicação para não fazer disso uso de fins políticos e não comprometer as investigações. Apesar de nossa decisão, o boletim de ocorrência ‘vazou’, o que é mais um motivo para a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP/AM) ter preocupações e realizarem as devidas investigações. A informação de que eu estaria no carro é falsa”,

afirmou.

Amom relata, ainda, que não é a primeira vez que sofre ameaças e que já fez outras denúncias do gênero. “Já relatei relatei até na Câmara Municipal de Manaus as ameaças que sofro, porém, nunca relacionadas ao disparo de arma de fogo. Esta é a primeira vez que ocorre algo do tipo. Foram três tiros disparados na direção e um deles acertou o veículo vermelho. Estávamos apurando denuncias de ônibus sendo usados indevidamente por pessoas do bairro, possivelmente um desvio do uso e relacionadas a infraestrutura das paradas de ônibus no local”, relata.

“Amom aqui, não”

Sobre a possibilidade do atentado ser relacionado a um crime político, o parlamentar disse que o decorrer das investigações vão revelar o real motivo do atentado contra a equipe.

“Creio que sim, embora não haja no código penal o que chamamos de ‘crime político’. Seria um crime de ameaça. Pode ser relacionado a isso, mas, somente a Secretaria de Segurança Pública poderá fazer esse tipo de afirmação no decorrer das investigações. Já temos mais de um B.O registrado e o caso, como revelei na tribuna da Câmara Municipal de Manaus, que ocorreu no ano passado, não registrei boletim por instrução do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF)”, completou.

Cobrança

Questionado sobre o que espera em relação ao andamento do caso, por se tratar de período Eleitoral, Amon Mandel foi enfático ao dizer que as investigações precisam continuar para garantir que, até mesmo outros candidatos, tenham segurança ao fazer suas campanhas.

“Eu não tenho dinheiro para colocar carro blindado, a nossa equipe não anda armada e nós dependemos do apoio da SSP como qualquer cidadão em Manaus e no Amazonas. Esperamos que as providências devidas sejam tomadas. Na manhã de hoje (4), recebi uma ligação do governador Wilson Lima em solidariedade ao possível atentado e, segundo ele, tomará as providências necessárias. Queremos a segurança de nossa equipe e dos nossos apoiadores. É um caso sério, que me preocupa e que não deveria ser uma pauta para Eleições. Infelizmente, a violência está acontecendo e, provavelmente, isso deve ocorrer no decorrer do processo, não somente comigo, mas com outros candidatos”, afirma.

Marca de bala

O veículo de cor vermelha, modelo Renault Clio, estava com adesivos da convenção e da pré-campanha de Amon para Deputado Federal. Três pessoas estavam no carro, no momento do atentado. Ninguém foi atingido. O veículo já passou por perícia.

A equipe do parlamentar disse que já tomou todos os procedimentos legais e a justiça eleitoral também será acionada oficialmente sobre o caso.

Edição Web: Bruna Oliveira

Leia mais:

Equipe do vereador Amom Mandel sofre atentado a tiros em Manaus

Pesquisa Eficaz: Amom Mandel lidera disputa para Câmara e Omar para Senado

Amom responde críticas sobre pré-candidatura no Cidadania: “objetivo de melhorar”