Manaus (AM) – O Brasil registrou, até a última quinta-feira (4), mais de 1,7 mil casos de varíola dos macacos (Monkeypox), sendo a região sudeste o local de maior contaminação. O publicitário amazonense Bruno Santos, de 30 anos, foi diagnosticado com o vírus. Ele mora há quase dois anos em São Paulo, o epicentro da doença no Brasil. Bruno relata que os sintomas da Monkeypox iniciaram com febre razoável, gânglios inchados nas axilas, pescoço e virilhas, o que fez ele suspeitar da doença.
Após a suspeita, o publicitário procurou atendimento em uma unidade de saúde privada, onde foi submetido a exames. Ele recebeu a confirmação cerca de 3 dias depois. Além de Bruno, seu parceiro também foi infectado com a doença e os dois estão em isolamento domiciliar.
Santos informa que não sabe como foi infectado. Ele utiliza transporte público e suspeita que tenha entrado em contato com o vírus por meio de gotículas deixadas em alguma superfície do transporte.
“Trabalho em contato com pessoas em situação de rua, mas utilizo o transporte público. Então, pode ser que o contato tenha acontecido por esse entremeio. Mas pode ser também que em algum lugar que estivesse no momento, tenha sido um local para replicar as gotículas de alguém já infectado. São hipóteses”,
revela o publicitário.
Bruno disse que o primeiro sinal que o alertou a procurar ajuda foi uma bolha no rosto, próxima dos olhos. “No dia 25 de julho, comecei a notar algumas lesões pelo corpo que começaram a aparecer de formas isoladas. O que dá indícios que a doença já está em desenvolvimento pelo corpo. Lesões pequenas ou grandes, avermelhadas, acompanhadas ou não de secreção”, afirmou.
Nova definição do Ministério da Saúde
Em nota divulgada pela Fundação de Vigilância em Saúde – Drª. Rosimery Costa Pinto (FVS-RCP), o Ministério da Saúde definiu uma nova recomendação, na qual indivíduos de qualquer idade que apresentem início súbito de lesões mucosas ou erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral), proctite ou edema peniano, podem representar casos suspeitos.
A OMS orienta que todos mantenham as recomendações de prevenção à Covid-19: lavagem das mãos, uso de máscaras, uso de álcool gel e distanciamento para pessoas que estejam infectadas.
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