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Editorial

Infância perdida

Em nível nacional, o trabalho infantil transforma crianças e adolescentes em um mesmo farrapo social, à mercê da violência absurda e vergonhosa

Foto: Divulgação

De acordo com os números do IBGE, uma das maiores violências contra crianças e adolescentes é o trabalho precoce, que reflete uma série de situações vexatórias, como a falta de escola integral e a precariedade do funcionamento das escolas existentes.

Com relação às escolas integrais, elas existem em estados como o Amazonas, mas precisam de material humano melhor qualificado e da construção de mais unidades de ensino a fim de que o problema possa ser enfrentado com a força devida.

Em nível nacional, o trabalho infantil transforma crianças e adolescentes em um mesmo farrapo social, à mercê da violência absurda e vergonhosa, como demonstra o IBGE: Em 2017, 2,7 milhões de crianças e adolescente, de 5 a 17 anos de idade, eram envolvidas em redes de atividades como ocupações agrícolas, domésticas, exploração sexual, tráfico de drogas, trabalho em lixões, carvoarias, pedreiras ou como vendedores de rua, inclusive em sinas estratégicos, como acontece em Manaus.

Ainda conforme o IBGE, o drama de crianças e adolescentes é evidente na informalidade, nem sempre com remuneração, sendo exploradas em locais inseguros e insalubres. Desse exército de seres humanos, 70% são do sexo masculino, e 63% negros.

Claro está que as feridas estão expostas e que as autoridades precisam parar de adotar medidas paliativas para aplacar o drama. O desafio maior, indiscutivelmente, é melhorar o sistema educacional e gerar políticas que diversifiquem a economia, gerando emprego e renda.

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