Manaus (AM) – Um ciclo de palestras e debates voltados a professores, escritores e estudantes no salão Solimões, no Palácio Rio Negro, localizado na avenida 7 de Setembro, no Centro de Manaus, marcou a comemoração do Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 na capital, em evento organizado pelo Concultura, por meio da Prefeitura.
Comandando a abertura oficial do evento, o presidente do Concultura, Tenório Telles, destacou a importância da participação de Manaus nas celebrações do centenário pelo que a Semana de Arte Moderna e o Modernismo representa para o Brasil.
“Algumas obras fundamentais da nossa literatura, como Macunaíma, de Mário de Andrade, e Cobra Norato, de Raul Bopp, se tornaram clássicos da literatura. Além do mais, Mário de Andrade esteve aqui em Manaus junto aos poetas, prosadores, e isso repercute até hoje na nossa literatura. O Amazonas deu ao Brasil autores identificados com a estética modernista, como Luiz Bacellar, Thiago de Melo, Alencar e Silva, Álvaro Maia, Violeta Branca e tantos outros. Então, este evento, mais do que uma celebração, é na verdade um registro, um testemunho da importância do Amazonas e da da Semana de Arte Moderna para o país e para a nossa região”, enfatizou o presidente.
Importância da Semana de 22 para o Amazonas
O secretário-executivo da SEC, Cacá Bonates, ressaltou que a importância do Centenário da Semana de Arte Moderna. “Não poderíamos deixar esse momento importante para o Amazonas passar em branco na cidade. É na cultura, na educação, na música, que surgem inúmeros movimentos, mas são poucos que ficam tão marcantes quanto a Semana de 22″, afirmou.
Os palestrantes convidados debateram sobre a forma como a Amazônia foi abordada nas obras dos artistas que viveram esse momento histórico de ruptura das artes no Brasil.
Na plateia, 97 universitários e alunos do ensino médio estiveram presentes. A programação serviu como horas complementares em atividades extracurriculares, com direito a certificado de participação.
“Vejo esse evento como uma oportunidade para conhecer um pouco mais da nossa cultura amazonense que é tão rica, e que infelizmente poucos conhecem. Esse incentivo é muito importante, principalmente para nós jovens acadêmicos”, comentou a estudante de Letras da UEA, Júlia Abreu.
Palestras
No período da manhã, as palestras foram ministradas pelos professores doutores, Marcos Frederico Krüger e Zemaria Pinto, que fizeram uma análise da influência da Semana de 22 na produção literária e artística do Amazonas.
Na parte da tarde, os palestrantes foram o escritor, Márcio Souza, e o jornalista e poeta Aldisio Filgueiras, com o tema “Clóvis Barbosa e o significado da Revista Equador para a renovação da literatura no Amazonas”.
A primeira mesa temática teve como expositores o professor Dr. Otoni Mesquita e a professora Luciane Páscoa, sobre o tema “O Modernismo e as artes plásticas no Amazonas – Temas e propostas”.
Semana de 22
A Semana de Arte Moderna completa 100 anos: uma história que mudou a cultura brasileira e a nossa maneira de ver o país. Realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, tendo como palco o Teatro Municipal de São Paulo, foi um dos eventos mais significativos da história cultural do Brasil e um marco no processo de renovação das artes e do pensamento brasileiro. Depois de 22 o país não foi mais o mesmo.
A celebração do Centenário da Semana de 22 em Manaus é uma reiteração do compromisso da Prefeitura de Manaus de promover os autores e outras que marcaram nossa tradição cultural.
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