A crise da falta de oxigênio em Manaus foi citada durante a entrevista de Bolsonaro no Jornal Nacional, na noite de segunda-feira (22). Na época, o estado registrou recorde de internados com Covid, e as unidades ficaram superlotadas, pessoas morreram nas portas dos hospitais.
Ao relembrar as declarações do presidente sobre a vacina contra a Covid-19, muitas delas desestimulando a vacinação, Renata Vasconcelos citou os momentos terríveis vividos por vários amazonenses e Bolsonaro afirmou que cilindros de oxigênio começaram a chegar em Manaus em menos de 48h.
“Em menos de 48h já estavam chegando cilindros de oxigênio em Manaus. Lá foi uma coisa atípica, anormal, que aconteceu de uma hora para outra. Fizemos nossa parte em Manaus. Não faltou da nossa parte recursos bilionários para governadores e prefeitos enfrentarem a Covid e para construírem hospitais de campanha”, disse Bolsonaro.
O presidente disse ainda que a cidade ficou apenas dois dias sem oxigênio. Entretanto, a realidade foi totalmente diferente, o crise de prolongou por dias. Apenas, entre o dias 14 e 15 de janeiro de 2021, a falta do insumo causou a morte de, pelo menos, 31 pessoas, de acordo com documentos obtidos pelo Ministério Público.
A declaração de Bolsonaro recebeu muitas críticas. O candidato a deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) chamou o presidente genocida.
“Em menos de 48 horas, estavam chegando os cilindros de oxigênio. Não houve erro em Manaus.” O genocida realmente acha que os brasileiros mereciam morrer”, escreveu Boulos.
Uma internauta publicou a foto da compra de um cilindro de oxigênio com a data de 20 de janeiro, ou seja, sete dias após o inicio da crise.
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