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Investigação

Seis seguem em estado grave e perícia investiga haste de guindaste em acidente de Manacapuru

De acordo com a diretora do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC), Margarete Vidal, o problema ocorreu na haste do guindaste, que envergou

Equipamento foi retirado pela perícia na tarde desta segunda-feira (29). Imagens: Caio Souza

Manaus (AM) – O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) permanece investigando as causas do acidente ocorrido, na noite deste domingo (28), durante a apresentação da Ciranda Flor Matizada, no Festival das Cirandas de Manacapuru. Depois que um guindaste usado para suspender uma alegoria da agremiação desabou, 23 pessoas ficaram feridas e seis estão em estado grave em Manaus.

De acordo com a diretora do DPTC, Margarete Vidal, o problema ocorreu na haste do guindaste, que envergou. Margarete disse que os trabalhos estão sendo feitos em prol de uma análise mais apurada do ocorrido.

“No local estão dois peritos especialistas em engenharia mecânica para avaliar o equipamento e a estrutura que caiu. Então, o levantamento está sendo feito em um trabalho técnico, que necessita de tempo para resgatar estas informações com análise de equipamento e documentos. Talvez sejam necessários acionar mais peritos”,

explicou Vidal.

A informação foi repassada durante coletiva de imprensa, realizada na tarde desta segunda-feira (29), que reuniu representantes das Secretarias de Estado da Segurança Pública (SSP/AM) e Saúde (SES-AM), Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e Corpo de Bombeiros (CBM), para tratar do atendimento às vítimas do acidente no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Av. André Araújo, bairro Aleixo, Zona Centro-Sul da capital.

Material do incidente está sendo periciado. Foto: Caio Souza

Durante a coletiva, além do relatado pela DPTC, o Corpo de Bombeiros ressaltou que, para o evento, a corporação enviou equipamentos e estruturas para atender o festival. Já para o resgate às vítimas, a agilidade deste atendimento foi crucial.

“Nossas equipes de socorro fizeram o resgate das pessoas na alegoria e deslocamos ao hospital com todas as equipes. Demandamos apoio da Secretária de Estado de Saúde (SES) para deslocar vítimas para Manaus e todo o suporte foi enviado. Em menos de duas horas, todas as pessoas em estado grave estavam remanejadas para Manaus. Agora, todos os equipamentos para a utilização do guindaste haviam sido entregues ao Corpo de Bombeiros e exigimos esses documentos”,

disse o Cel. Muniz, do CBM.

Atendimento

O titular da SES, Anoar Samad, também reforçou que os trabalhos das equipes de saúde e forças integradas foram primordiais no momento do acidente.

“Conseguimos trazer todos e não houve nenhum óbito no local. Vamos torcer para que todos os pacientes consigam resistir aos ferimentos causados no acidente”, comentou.

Fiscalização dobrada

O acidente acendeu um alerta para um rigor ainda maior nas fiscalizações dos equipamentos de segurança usados em eventos de grande porte no Amazonas.

Segundo o secretário executivo de cultura do estado (SEC), Cândido Jeremias, algumas cirandas chegaram a usar o mesmo guindaste em apresentações anteriores no festival.

“Uma ciranda utilizou o aparelho no sábado (27) e também no domingo (28), dia do acidente. O Governo do Estado já vinha realizando reuniões para a realização do Festival, mas trabalhando de forma integrada, com todos os órgãos. Em cima do próprio regulamento do festival, todas as licenças devem ser entregues e isso vai servir de lição para todos sermos mais criteriosos e evitarmos outros acidentes”, afirmou.

A importância da vida

Ainda nesta segunda, o cirandeiro Holofernes Gonçalves, que está internado em um hospital particular na capital amazonense, comemorou o fato de sair com vida do acidente e compartilhou em seu perfil numa rede social, com o objetivo de tranquilizar amigos e familiares.

“Eu agradeço aos primeiros socorros na arena e o transporte para Manaus. Estou com minha mãe aqui, e só quero agradecer a todos que estão mandando mensagem para a mamãe e que estão me ligando. As pessoas que vieram aqui (ao hospital) e meus amigos, a equipe médica e a toda minha família”, falou emocionado.

O rapaz relatou que está com sangue no pulmão e que, caso tivesse ocorrido uma demora no atendimento, ele não teria escapado. Outros exames devem apontar se Holofernes fraturou a clavícula ou a costela.

Transferências

Das 23 pessoas feridas, 17 pessoas estão na capital. Alguns foram atendidos no Hospital de Manacapuru e permaneceram na cidade, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES).

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