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Larvicida

Agentes vão utilizar novo larvicida no combate ao Aedes aegypti em Manaus

Este ano, Manaus já registrou 36 casos confirmados de febre chikungunya, 47 casos confirmados de zika vírus e 919 casos confirmados de dengue

Foto: Divulgação/ Semsa

Manaus (AM) – Os agentes de controle de endemias vão utilizar um novo larvicida (Espinosade DT) para combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Para o uso, os profissionais da Prefeitura de Manaus receberam uma capacitação da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

Este ano, Manaus já registrou 36 casos confirmados de febre chikungunya, 47 casos confirmados de zika vírus e 919 casos confirmados de dengue.

Coordenando o processo de capacitação, o chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, explicou que o larvicida é um produto utilizado apenas quando não é possível eliminar o depósito de água encontrado em um imóvel, que oferece risco permanente, porque pode servir como criadouro do mosquito Aedes aegypti e, em muitos casos, são caixas d’água e tonéis encontrados em residências, terrenos baldios, empresas e casas desabitadas.

Neste primeiro momento, o público-alvo foram profissionais que atuam no controle de endemias nos bairros da Zona Sul de Manaus. Ainda no mês de setembro, a Semsa irá concluir a capacitação de profissionais das unidades do Distrito de Saúde das regiões Norte, Leste e Oeste.

“O larvicida utilizado anteriormente não agia de forma imediata eliminando a larva no momento em que o produto era colocado no depósito de água. A eliminação ocorria quando o mosquito atingia o quarto estágio de larva ou pupa, o que pode levar quase duas semanas. O novo larvicida elimina a larva praticamente na hora em que o produto é colocado no depósito que está sendo tratado. Além disso, continua agindo no depósito por um período de 60 dias, reduzindo ainda mais o risco de proliferação do mosquito”,

explicou Alciles Comape.

Segundo o chefe do setor de Controle de Endemias do Disa Sul, Luciano Lopes da Silva, a identificação dos depósitos em que há necessidade a aplicação de larvicida é feita a partir do trabalho de agentes de endemias nas visitas domiciliares que são realizadas durante o ano.

“Os agentes fazem visitas domiciliares, com ações de educação em saúde, orientam os moradores sobre a eliminação dos depósitos que podem ser criadouros do mosquito e identificam os que precisam de tratamento com o larvicida. É um trabalho feito de forma coesa e direcionado para casos específicos. Os agentes do Disa Sul realizam até 8 mil visitas domiciliares mensalmente e, em média, é feito o tratamento com larvicida em 140 depósitos”,

informou Luciano Silva.

O chefe do Núcleo de Controle de Agravos Transmitidos pelo Aedes, Edvaldo Rocha, destacou que o uso do larvicida é uma das estratégias de combate da dengue, zika vírus e febre chikungunya, mas que a medida mais importante é que a população faça a vistoria uma vez por semana no próprio domicílio, identificando os riscos e eliminando possíveis criadouros, já que ciclo evolutivo do mosquito leva de sete a dez dias.

“O morador deve ficar sempre atento para verificar e cuidar da própria residência uma vez por semana para evitar a proliferação do Aedes. Assim, é possível reduzir a infestação do mosquito e evitar o grande número de casos de dengue, zika e chikungunya”,

alertou Edvaldo Rocha.

*Com informações da assessoria

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