Desde o anúncio oficial da morte da rainha Elizabeth 2ª , emitido nesta quinta-feira (8), até o funeral da monarca, daqui a dez dias, há uma série de eventos que devem acontecer, em operação conhecida como London Bridge.
Logo no dia do anúncio, as bandeiras nas residências reais, o Palácio de Whitehall, atual centro administrativo do país, e outros prédios do governo serão abaixadas a meio mastro e o site da família real, bem como os sites governamentais, serão alterados. Na home page, aparece agora um banner preto com uma breve declaração anunciando a morte da rainha. A primeira-ministra Liz Truss foi a primeira membra do governo a fazer uma declaração, como consta no protocolo.
No Palácio de Buckingham, a tradição é fixar o anúncio formal da morte emoldurado nas grades que cercam o castelo. A Abadia de Westminster e a Catedral de St. Paul, também em Londres, tocarão seus sinos. Saudações de armas cerimoniais são esperadas no Hyde Park e em Tower Hill, e um minuto de silêncio nacional será realizado.
O rei Charles, primogênito da rainha que assumiu o trono, realizará sua primeira audiência com Liz Truss e também se reunirá com o Conde Marechal (um dos Grandes Oficiais de Estado do Reino Unido) para assinar oficialmente os planos funerários completos, com o funeral do Estado previsto para ser realizado em dez dias. Charles fará uma transmissão ao país e à Commonwealth na noite desta quinta.
Veja a seguir as etapas de cada dia até o funeral da rainha, segundo o jornal The Guardian . No plano, a data da morte representa o “Dia D”. Os seguintes são D+1, D+2, e assim por diante.
Dia D+1
O Conselho de Adesão, que inclui figuras do governo e conselheiros privados, se reunirá no Palácio de St. James, em Londres, às 10h para a proclamação principal de Charles, o novo rei. Uma outra proclamação será lida no Royal Exchange, também na capital britânica. À tarde, Charles terá audiências com a primeira-ministra Liz Truss e gabinete, o líder da oposição, o arcebispo de Canterbury e o reitor de Westminister.
Dia D+2
O caixão sairá de Balmoral para ser levado por estrada até o Palácio de Holyroodhouse, em Edinburgo, na Escócia. Haverá proclamações em Cardiff, capital do País de Gales, e Belfast, capital da Irlanda do Norte, simultaneamente ao meio-dia. Homenagens no parlamento provavelmente continuarão.
Dia D+3
Haverá uma procissão cerimonial de Holyroodhouse ao longo da Royal Mile, uma das ruas mais famosas de Edimburgo, até a Catedral de St. Giles para um serviço com a presença de membros da família real. Após esse serviço, a catedral ficará aberta ao público por 24 horas. Espera-se que o rei Charles viaje ao Palácio de Westminister, em Londres, para receber condolências. Na sequência, ele deve voar para Edimburgo. Em seu primeiro ato como soberano, ele comparecerá ao Palácio de Holywoodhouse para a cerimônia das chaves, seguida de um serviço na Catedral de St. Giles. Ele terá sua primeira audiência com o ministro da Escócia e também receberá condolências do parlamento escocês.
Dia D+4
No final da noite, espera-se que o caixão seja transferido em um trem real para a estação de Waverley de Edimburgo. O caixão deve chegar à estação rodoviária de St. Pancras na manhã do dia seguinte. O rei Charles voará para a Irlanda do Norte, onde receberá uma mensagem de condolências no Castelo de Hillsborough e comparecerá à Catedral de Santa Ana, em Belfast, para uma oração e reflexão sobre a vida da rainha Elizabeth II. Haverá ainda um ensaio para a procissão do caixão da rainha do Palácio de Buckingham ao Westminister Hall.
Dia D+5
Espera-se que o caixão chegue ao Palácio de Buckingham e lá fique por algumas horas, antes do grande cerimonial planejado em Londres naquele dia. Nesse evento, o caixão da rainha será carregado em uma carruagem de arma do Palácio de Buckingham para o Westminister Hall para o início da cerimônia chamada “lying in state”, em que o caixão ficará exposto por cinco dias para as pessoas se despedirem. Na chegada, haverá um serviço curto. O caixão será montado em um catafalco no meio do Westminister Hall, que ficará aberto ao público 23 horas por dia.
Dia D+6
O “lying in state” continua.
Dia D+7
O rei Charles viará para o País de Gales para participar de um serviço na Catedral de Llandaff, em Cardiff, e depois visitarpa o Welsh Senedd, o parlamento do País de Gales, para receber condolências. Ele também terá uam audiência com o primeiro-ministro galês. Militares de países da Comunidade Britânica começarão a chegar em Londres.
Dia D+8
Espera-se que o rei Charles receba governadores gerais e primeiros-ministros dos reinos.
Dia D+9
Na véspera do funeral, Charles dará as boas-vindas às famílias reais estrangeiras presentes no funeral. Espera-se que os convidados VIP no exterior participem do “lying in state”.
Dia D+10
O funeral será realizado na Abadia de Westminister. O caixão será carregado de Westminister Hall em uma procissão até a abadia. Haverá dois minutos de silêncio em todo o país. Passada uma hora, uma grande procissão cerimonial acompanhará o caixão até o Hyde Park, onde será transferido da carruagem de armas para o carro funerário estadual e viajará para Windsor. Depois de uma procissão por Windsor, um serviço será realizado na Capela de St George, no Castelo de Windsor. O caixão, então, será, enfim, baixado na abóbada real.
*Com informações do IG
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