Manaus (AM) – A morte do ex-militar, Diego Júnior de Souza Serra, de 30 anos, ocorrida no dia 6 de dezembro de 2021, começa a ser elucidada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). O soldado do Exército Brasileiro (EB) Paulo Vitor Trindade de Lima, 21, e o pai dele, Carlos Guedes da Silva Lima, 58, foram presos por envolvimento no crime. O motivo foi uma dívida de R$ 100 mil.
Segundo a investigação, Diego havia emprestado dinheiro para Paulo, e a vítima começou a cobrá-lo. Trindade não gostou da cobrança e planejou a morte do ex-militar.
No dia 6 de dezembro, Paulo marcou um encontro com Diego para pagar parte da dívida. Ao chegar ao posto de gasolina, a vítima foi executada a tiros pelo pai do devedor, Carlos Guedes.
A delegada Déborah Barreiros, adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), contou que chegaram ao nome de Paulo porque ele foi a última pessoa a falar com a vítima.
“O Trindade já estava sendo investigado porque ele foi a última pessoa que entrou em contato com a vítima. Ele marcou com o Diego para pagar uns valores que eles estavam em dívida, e estava na loja de conveniência do posto de gasolina. Ele era a única que sabia desse encontro”, revelou a delegada.
Imagens da câmera de segurança do local registraram todo o crime e, com isso, foi possível identificar o autor dos disparos.
Em depoimento na DEHS, Carlos defendeu o filho e afirmou que agiu por conta própria, ao perceber o quanto Paulo estava preocupado em pagar a dívida.
“O pai disse que agiu por conta própria porque tinha visto o filho muito angustiado, por está em dívida com a vítima e não tinha mais o dinheiro para pagar. Então ele disse que soube que o filho ia pagar uma parte dessa dívida naquele dia, que o encontro seria naquele posto de gasolina, então, teria ido lá resolver o problema do filho”, conta a adjunta da DEHS.
Já a terceira pessoa envolvida seria um mototaxista, que estava no lugar errado e na hora errada. A dulpa contratou os serviços dele para levar Carlos até o posto de gasolina, uma corrida normal. Ele não sabia o que iria acontecer, mas após testemunhar o crime, a dupla R$ 500 pelo silêncio dele.
Mãe revela valor da dívida
A mãe da vítima, Edileusa Branches de Souza, esteve na DEHS. Ela revelou que Diego emprestou diversas vezes dinheiro para o suspeito, e a dívida já girava em torno de R$ 100 mil.
Ainda segundo a mãe de Diego, após o crime, o militar ainda foi até a casa da vítima para apagar provas da dívida. No entanto, ele foi visto por um vizinho que achou a situação estranha e alertou a esposa de Diego.
O aviso aconteceu no mesmo momento que os familiares descobriram a morte de Diego.
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