Tá quente! União Europeia aponta que 2023 poderá se tornar o ano mais quente já registrado Alerta é do Serviço Copernicus, da União Europeia Agência Brasil - 05/10/2023 às 14:4605/10/2023 às 14:46 Reprodução: Fernando Frazão/Agência Brasil O ano de 2023 está a caminho de se tornar o mais quente já registrado, com a temperatura média global até o momento 0,52ºC acima da média normal, informou o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, nesta quinta-feira (5). Os cientistas afirmaram que as mudanças climáticas, combinadas aos efeitos do fenômeno El Niño, que aquece as águas superficiais no leste e centro do Oceano Pacífico, têm provocado as recentes temperaturas recordes. “As temperaturas sem precedentes para a época do ano observadas em setembro — após um verão atípico — quebraram recordes em número extraordinário. Esse mês extremo levou 2023 ao caminho de ser o ano mais quente e cerca de 1,4ºC acima das temperaturas médias pré-industriais”, disse Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, em comunicado. A temperatura global de janeiro a setembro também é 1,4ºC mais alta do que a média pré-industrial (dos anos 1850 a 1900), acrescentou o instituto, conforme as mudança climáticas levam as temperaturas globais a novos recordes e os fenômenos climáticos de curto prazo impulsionam os movimentos de temperatura. O mês passado foi o setembro mais quente já registrado globalmente, 0,93°C acima da temperatura média do mesmo mês entre 1991 e 2020. A temperatura global mensal foi a mais atípica de todos os anos no conjunto de dados ERA5, que remonta a 1940. “A dois meses da COP28, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, o senso de urgência para uma ação climática ambiciosa nunca foi tão crítico”, disse Burgess. O ano passado não foi um recorde, embora o mundo tenham ficado 1,2ºC mais quente do que na era pré-industrial. O recorde anterior pertencia a 2016 e 2020, quando as temperaturas foram em média 1,25°C mais altas. “O que é especialmente preocupante é que o fenômeno El Niño ainda está em desenvolvimento e, portanto, podemos esperar que essas temperaturas recordes continuem por meses, com impactos em cascata no meio ambiente e na sociedade”, disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas. A análise do órgão é baseada em bilhões de medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas. Leia mais: Setembro foi o mês mais quente já registrado no planeta, diz observatório Manaus registra consumo histórico de energia elétrica no dia mais quente do ano Agosto foi o mês mais quente da história em 2023, segundo agência americana Entre na nossa comunidade no Whatsapp!