A ginasta Rebeca Andrade faturou a medalha de bronze no Campeonato Mundial da Antuérpia (Bélgica), neste domingo (8), e completou sua coleção de medalhas em Mundiais de ginástica. Com isso, não há prova em que ela nunca tenha conquistado medalhas em Mundiais, se comprovando uma ginasta completa.
Isso coloca ela em um hall que conta com apenas outras 10 ginastas desde que o Mundial foi criado, em 1952. São cinco soviéticas, duas romenas, duas russas, e Simone Biles. Só a norte-americana, a brasileira e a russa Aliya Mustafina conseguiram tal feito neste século.
A brasileira já havia conquistado medalhas nas assimétricas (2021), no salto (2021), no solo (2022) e no individual geral (2022), e este ano foi ao pódio também por equipes, ganhando a prata com o Brasil. Além disso, também na Antuérpia, ela venceu a prata no individual geral e o ouro no salto. Rebeca ainda compete a final do solo, logo mais, como forte candidata ao pódio.
O bronze na trave foi surpreendente, porque a nota da brasileira na final foi bem acima do que ela havia feito em outras três apresentações neste aparelho no Mundial. A melhor nota dela havia sido a que valeu o oitavo lugar nas eliminatórias: 13,800. Na final do individual geral ela tirou 13,500 e, por equipes, 13,166. Na final, ela teve um desequilíbrio visível, mas tirou 14,300.
Simones Biles, que já havia vencido por equipes e no individual geral, ganhou a primeira medalha de ouro dela por aparelhos. A norte-americana teve nota 14,800, seguida de perto pela chinesa Yaqin Zhou, que recebeu 14,700.
Rebeca foi a última a se apresentar e precisava de ao menos 14,100 para chegar ao pódio, ultrapassando a holandesa Sanne Wavers, que estava em terceiro lugar. Wavers foi só a 11ª colocada das eliminatórias, mas conseguiu vaga na final por desistência de outras atletas.
Com o bronze, Rebeca dispara como brasileira que mais medalhou em Mundiais de ginástica, com oito pódios. Até o começo da competição na Antuérpia, o posto era de Diego Hypolito, com cinco conquistas. Além disso, esta é a primeira vez que o Brasil vai ao pódio na trave de equilíbrio.
Até então, os melhores resultados do país haviam sido sextos lugares com Flávia Saraiva, em 2019, e com a própria Rebeca, em 2021. Havia a expectativa que Flavinha fosse a responsável por quebrar esse tabu. Ela fez duas apresentações na casa de 14,0 no Mundial, mas não foi bem nas eliminatórias e acabou fora da final.
ESSA FOTO CARREGOU AÍ?! 😧💥
— Confederação Brasileira de Ginástica (@cbginastica) October 8, 2023
Simplesmente as DUAS MAIORES LENDAS JUNTAS! 👑👑
Simone Biles 🤝 Rebeca Andrade
Foto: Ricardo Bufolin/CBG pic.twitter.com/gVy6O4asBa
*Com informações do UOL
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