Um estudo realizado pelo Pandapé, software de RH do Infojobs, mostrou que 90% das pessoas estão dispostas a trocar de emprego neste momento. Os motivos que levam os participantes a cogitarem outras empresas ressaltam que a remuneração justa, embora almejável, ainda não é o principal fator a ser trabalhado na retenção de talentos.
A falta de oportunidade de crescimento foi o ponto mais citado como o que causa insatisfação (30,03%), seguido de liderança tóxica (24,46%), salário baixo (24,15%) e clima organizacional ruim (21,36%).
“Com a questão financeira aparecendo apenas em terceira posição, fica evidente o quanto as organizações devem olhar para as necessidades coletivas e individuais com atenção. Isso envolve estabelecer planos de desenvolvimento e outras ações em prol do colaborador, principalmente para trabalhar a marca empregadora”,
afirma Ana Paula Prado, CEO de Infojobs e porta-voz do Pandapé, software de RH.
A pesquisa indica que, para 53,68% dos respondentes, as empresas não estão preocupadas com a satisfação.
“Um dos principais desafios do RH é evitar a fuga de talentos. O fenômeno pode ocorrer por diversas razões e uma das maneiras de evitar com que isso aconteça é fazer o colaborador se sentir pertencente. Quando mais de 50% das pessoas acredita que não estão verdadeiramente olhando para seus interesses, um sinal vermelho é aceso. Precisamos pensar na qualidade de vida, já que isso também aumentará a produtividade e, por consequência, os resultados da empresa”,
analisa a executiva.
O estudo também mostra que o cenário melhorou após a pandemia, já que 55,29% acredita que o assunto está sendo visto com mais atenção agora. Nos últimos dois anos, foram adotadas medidas para contribuir com a saúde e bem-estar (19,47%), horários flexíveis (17,68%) e criação de planos de desenvolvimento dos colaboradores (11,95%).
Na opinião de 93,54% dos participantes, a satisfação no trabalho é um fator crucial para a retenção dos talentos. Neste sentido, a remuneração justa foi apontada em 21,60% como uma das medidas que poderia contribuir com a felicidade no ambiente corporativo, seguido de equilíbrio entre vida pessoal e profissional (21,7%) e bom clima organizacional (17,54%). Planos de carreira também foram citados por 16,36%.
*Com informações da assessoria
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