Por ano são coletadas toneladas de lixo na cidade de Manaus e a garrafa pet é uma das embalagens mais recorrentes. Ao observar esse cenário, a comunicóloga e artista visual, Michelle Moraes, uniu técnicas e conceitos das Artes Visuais e Design para transformar as garrafas em acessórios.
“No curso de pós graduação onde pesquisei sobre a joalheria contemporânea, tive que escolher uma matéria-prima para desenvolver um acessório no projeto final.
Foi quando veio a ideia de utilizar a garrafa pet”, conta Michelle. Suas experiências criativas levaram-na a perceber que esse conhecimento tinha que ser compartilhado. Foi aí que Michelle decidiu projetar uma ação de cunho social e ambiental.
Desde a primeira criação, por volta de 2010, ela já pensava e sentia vontade de realizar um projeto voltado para a comunidade. No ano passado, conseguiu por em prática a ideia, ao ser contemplada no edital Encontro das Artes, ministrando uma oficina em Novo Airão, no interior do Amazonas.
Neste ano, após conseguir, aprovação em um novo edital “Manaus Faz Cultura”, pela Manauscult/Prefeitura de Manaus, Michelle voltou a ministrar uma nova rodada de formação. Esse mês levou seu conhecimento para um grupo de mulheres do Coletivo REUSA, com sede no bairro da Redenção, através do minicurso ECOJOIAS – Reutilizando com Arte, com duração de três dias. A turma com 16 participantes eprendeu a arte de transformar simples garrafas em ecojoias.
A primeira etapa foi conhecer alguns conceitos das Artes Visuais e na sequência “mão na massa”. Para isso, todas as alunas receberam um kit com ferramentas, tintas e outros materiais que ficou com elas após a conclusão do curso.
“A ideia é que elas possam dar continuidade, criar seus próprios acessórios e, quem sabe, vendê-los. Será uma felicidade enorme poder ver essa semente germinar e encontrar essas mulheres em feiras de artesanato comercializando brincos, colares e pulseiras feitas de pet”.
O coletivo Rip Arte, do REUSA -Programa de Restauração Ecológica e Urbanização Sustentável na Amazônia, já existe desde 2016 e atua em parceria com o grupo Transformação, modificando a realidade de muitas famílias na comunidade com ações formativas em Arte e também focadas em meio ambiente e empreendedorismo. As integrantes já utilizam a garrafa pet em trabalhos artesanais, mas na criação de ecojoias foi uma experiência inédita.
Dona Maria Suely que já trabalha há 6 anos com pintura em tecido e crochê, percebia o potencial da garrafa pet para a utilização no artesanato, mas não tinha ideia de que poderia desenvolver ecojoias. Ela se surpreendeu com os resultados. Já Stefane, de 27 anos, achou o curso uma novidade. “Nunca havia passado pela cabeça produzir joias com pet. Sem dúvida, abriu a minha mente para outras possibilidades”, revela.
Na próxima semana, Michelle vai transmitir seus conhecimentos para uma nova turma. Dessa vez serão 15 participantes, que recebem assistência da Pastoral do Povo de Rua. O mini-curso também de 3 dias vai acontecer no espaço da Nova e Eterna Aliança, localizado no centro de Manaus.
*Com informações da assessoria
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