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Eleições municipais

Grandes nomes da política manauara são pré-candidatos nas eleições municipais de 2024

Marcelo Ramos, Zé Ricardo, Coronel Menezes e Luiz Castro são pré-candidatos nas eleições municipais de 2024

Foto: Reprodução

Manaus (AM) – O primeiro turno da eleição municipal de 2024 está programada para ocorrer no dia 6 de outubro, com o segundo turno marcado para o dia 27 do mesmo mês. Em pleno ano eleitoral, novos nomes surgem como pré-candidatos a vereador na capital, mas um fenômeno vem chamando atenção no cenário político manauara: o retorno de grandes nomes à disputa municipal.

Referência do partido Partido dos Trabalhadores (PT) na capital amazonense, Zé Ricardo retorna ao pleito em 2024 após não conseguir se reeleger como deputado federal em 2022. Questionado pelo Em Tempo, Ricardo contou que chegou a considerar concorrer à prefeitura, mas devido ao contexto político de Manaus, preferiu ser pré-candidato a vereador.

“Estou pré-candidato a vereador. Apesar de ter sido convidado pela direção nacional a ser candidato a prefeito nos primeiros meses do ano, eu não estava vendo aqui, a nível local, as condições adequadas e também, porque eu tive um apelo na minha base de apoio político na cidade que era muito importante eu poder ser candidato a vereador. Então, não seria prefeito, mas para vereador”,

relatou.

O cientista político Helson Ribeiro abordou a situação de Zé Ricardo, destacando que, apesar de não ter sido eleito na última eleição, ele possui grande potencial de conquistar votos na capital.

“José Ricardo já foi vereador, deputado estadual, e em 2018, foi o deputado mais votado que teve no Amazonas. Mas, em 2022, agora na última eleição, não conseguiu se reeleger. Acredito que é alguém que traga muitos votos para o PT, porque ele tem lastro, ele não se reelegeu, mas teve, eu acho que cerca de 90 mil votos ou 100 mil votos, por aí”,

pontuou.
Foto: Divulgação

Do lado oposto da política, Coronel Menezes também confirmou que é pré-candidato a vereador de Manaus pelo Partido Progressistas. Nas últimas eleições, a proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro não conseguiu eleger Menezes como Senador. Em um novo partido, o Coronel da Reserva tenta conseguir apoio de eleitores, sendo um representante da direita em Manaus.

“Pretendo somar com meu conhecimento, com o trabalho realizado pelo poder legislativo municipal, buscando pautar ações nos pilares defendidos pela direita: Deus, Pátria, Família e Liberdade. Assim como contribuir com ações voltadas para diversos segmentos da sociedade, seja na defesa da família, na educação e empreendedorismo”,

declarou Menezes.
Foto: Divulgação

Outro nome que retorna como pré-candidato a vereador é Luiz Castro. Ex-prefeito e ex-deputado estadual, Castro frisou que irá disputar a eleição, pois acredita que irá contribuir com causas importantes na capital amazonense.

“Estou como pré-candidato a vereador. E o principal motivo para que eu tenha decidido participar desse processo é o de buscar contribuir para o município de Manaus, para sua população, dentro das áreas onde eu tenho mais experiência, onde eu tenho mais conhecimento, onde eu tenho uma afinidade maior, que são áreas muito importantes e que estão, ao meu modo de ver, com todo respeito, não estão devidamente representadas no cenário municipal”,

disse.

Para Helson Ribeiro, a vitória de Luiz Castro na disputa pela vereança é uma incógnita, já que não é possível prever se ele possui eleitores fiéis.

“É alguém que tá voltando, também alguém que já foi prefeito, já foi deputado estadual. É um nome que a gente vai ver, caso passe nas convenções. Vamos ver como seria a performance de Luiz Castro. Eu, particularmente, ainda eu pense que o Luiz Castro sempre foi muito propositivo, muito assertivo, eu não sei se ele tem ao redor do nome dele, aquele eleitor fiel, eu não vejo essa característica”,

analisou o cientista político.

Quocientes partidários

Foto: Robervaldo Rocha/ CMM

A movimentação de trazer grandes nomes para a disputa é considerada uma estratégia dos partidos políticos, que buscam aumentar sua força em Manaus. Por meio do quociente partidário, é possível que partidos preencham mais vagas na Câmara Municipal de Manaus, apostando em nomes impactantes da cidade.

“Quem tiver mais de 25 mil votos, pode ser que ajude o partido a puxar um outro. Se alguém tiver 50 mil votos, com certeza elege, só com esses votos elege um outro. Pela atual legislação eleitoral, ninguém pode ter menos de 10% do quociente eleitoral, então não vai ter mais aquele efeito Enéas, efeito Tiririca. Por quê? Se um candidato tiver 100 mil votos, o partido conseguiria eleger mais 4, baseado no quociente eleitoral que eu estou prevendo, de 25 mil. Mas, se um candidato tiver 100 mil votos e ninguém do partido dele tiver pelo menos 2.500 votos, ou seja, 10% do quociente eleitoral, ninguém vai eleito”,

explicou Helson Ribeiro.

Na visão de Carlos Santiago, essas personalidades são essenciais para fortificar o nome de seus partidos, e também, para manter-se em evidência diante do eleitorado.

“São desafios enormes que passam pela escolha de nomes viáveis, com votação expressiva e isso envolve a indicação e recrutamento de puxadores de votos nessas federações e nos partidos, objetivando a eleição da maior quantidade possível de representantes dos partidos e das federações no Parlamento Municipal”,

reiterou o cientista político.

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