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Justiça suspende entrega de cestas básicas e afasta o comando da PM em Parintins

A decisão foi tomada pela juíza Juliana Mousinho, da 4ª Zona Eleitoral

A juíza Juliana Mousinho, da 4ª Zona Eleitoral de Parintins ordenou a suspensão da entrega de cestas básicas a famílias carentes e o afastamento do comandante da Polícia Militar da cidade, Major PM Francisco Magno Judiss da Silva, por suspeita de abuso de poder político nas eleições municipais deste ano.

A decisão foi em resposta a uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral apresentada pelo candidato Mateus Assayag (PSD), da coligação “Parintins em Primeiro Lugar”.

De acordo com a juíza, a defesa de Assayag apresentou vídeos que mostram trechos de uma reunião, onde se discute ações para beneficiar a candidata Brena Dianná.

“Verifica-se planejamento para utilização da Cosama para atuar nas comunidades da zona rural de forma a angariar votos, sendo oferecida, inclusive, em outro trecho do vídeo, apoio direto e hospedagem por parte do órgão para a estadia de policiais da Rocam nesses locais. É dito ainda, na gravação, que os policiais nas comunidades não se submeteriam ao Coronel Judiss, Comandante da Polícia Militar no Município de Parintins, seriam só ‘homens de fora'”, destacou a juíza.

“Finalmente, os requerentes indicam abordagens supostamente infundadas que teriam sido realizadas pelos policiais da Rocam junto a apoiadores e familiares dos candidatos da Coligação Parintins em Primeiro Lugar (do candidato Mateus Assayag)”, complementou a magistrada.

Além da decisão de mandar a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) suspender a entrega de cestas básicas na cidade e afastar o tenente-coronel da PM Francisco Magno Judiss, a magistrada também determinou o imediato afastamento, com retorno a Manaus, dos policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), bem como dos agentes do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) e de outros policiais civis que tenham sido lotados no mês de setembro de 2024 nas Delegacias de Parintins;

Foi determinado também que a guarda das urnas eleitorais seja realizada pelas Forças Armadas, que chegarão ao município nesta semana, inclusive e principalmente nas zonas rurais e que seja solicitado ao Superintendente Regional da Polícia Federal no Amazonas o envio de reforço para as eleições municipais.

Nota

O Governo do Amazonas, em nota, afirmou que as forças de segurança do Estado estão comprometidas em garantir a realização segura das eleições, cumprindo seu dever constitucional, e que não há qualquer interferência nesse processo.

“O Governo do Estado repudia qualquer tipo de articulação que tenha como objetivo tumultuar o processo eleitoral e manchar o trabalho sério das forças de segurança do estado, utilizando material com fortes indícios de manipulação e sem amparo judicial”, diz o comunicado.

O governo estadual ressaltou que a decisão judicial se cumpre e está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários.

A coligação União por Parintins afirmou que repudia a tentativa de vincular a candidatura de Brena Dianá à Prefeitura de Parintins a notícias difamatórias, divulgadas por meio de um vídeo de origem desconhecida e com conteúdo duvidoso.

“Prova disso, é que a Justiça Eleitoral de Parintins determinou, nesta terça-feira (30), a retirada da publicação feita nas redes sociais do candidato adversário, bem como a proibição da veiculação do vídeo e a associação da imagem da vereadora direta ou indiretamente a esse conteúdo”, declarou a coligação de Dianá.

*Com informações do G1

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