O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou, nesta quinta-feira (15), o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), bem como de toda a diretoria da entidade. A decisão partiu do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro.

A Justiça também definiu que o vice-presidente Fernando Sarney assuma a função de interventor e convoque eleições para os cargos vagos “o mais rápido possível”.

Pedido foi protocolado por Fernando Sarney

Na última segunda-feira (12), o próprio Fernando Sarney havia entrado com pedido no TJ-RJ para afastar Ednaldo Rodrigues. Ele solicitou também a suspensão dos efeitos do acordo homologado pelo STF, que mantinha Ednaldo no cargo desde março de 2022.

O argumento central do pedido foi a existência de vício de consentimento na assinatura do então vice da CBF, Antônio Carlos Nunes Lima, no referido acordo.

Perícia aponta divergência em assinatura

A suspeita de falsificação baseia-se em um laudo técnico assinado pela perita Jacqueline Tirotti. O documento concluiu que:

“As assinaturas questionadas divergem do punho periciado do vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima em características personalíssimas e imperceptíveis”.

O acordo de 2022, que validava a eleição de Ednaldo, trazia as assinaturas de cinco dirigentes — incluindo Lima — e foi chancelado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro.

STF acompanha o caso de perto

O desdobramento mais recente ocorre após o ministro do STF Gilmar Mendes determinar que o TJ-RJ apure os indícios de falsificação da assinatura.

Além de Sarney, a deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ) também apresentou os indícios de irregularidade ao Supremo.

(*) Com informações de Carta Capital

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LS