Manaus (AM) – A violência urbana atinge novamente a juventude na capital amazonense. Após a morte do estudante Fernando Vilaça, de 17 anos, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) cobrou medidas urgentes dos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos. O parlamentar exige mecanismos mais eficazes de proteção integral a crianças e adolescentes no Brasil.

Fernando acabou espancado por outros adolescentes após uma discussão banal na Zona Leste de Manaus. A morte brutal do estudante chocou a população e expôs, mais uma vez, o ambiente de vulnerabilidade em que vivem jovens da periferia.

“Essa tragédia é um grito de socorro. Não podemos normalizar adolescentes matando adolescentes”, afirmou o deputado. “Não se trata apenas de punir os agressores, mas de evitar que isso aconteça. Precisamos de políticas sérias de prevenção e acolhimento.”

Cultura da violência e omissão institucional

Para Alberto Neto, há um vácuo entre os direitos previstos no papel e a realidade nas ruas. A falta de ações coordenadas entre escola, comunidade e poder público cria um terreno fértil para a violência.

Segundo ele, os bairros periféricos da capital não oferecem opções seguras de lazer, convivência ou acolhimento.

“Sem acesso a atividades culturais, esportivas ou espaços de diálogo, os jovens crescem em ambientes hostis, onde a violência se torna regra”, alertou.

Mais que segurança pública: política de proteção

O deputado destaca que a segurança de crianças e adolescentes não pode se limitar à repressão policial. Ele defende o fortalecimento de programas educativos e de convivência nas escolas, além de campanhas públicas que promovam o respeito às diferenças e à dignidade humana.

Direito à vida cotidiana

“O que Fernando queria? Viver. Ir ao mercado, encontrar amigos, ir à escola. Algo básico. Mas até isso está em risco. O Estado precisa garantir o direito à vida cotidiana”, afirmou o parlamentar.

O caso reacendeu a discussão sobre o abandono da juventude nas periferias e provocou um alerta entre organizações de direitos humanos. A repercussão nacional fez com que o tema voltasse à pauta do Congresso.

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