O município de Presidente Figueiredo liderou, em agosto de 2025, o ranking de exportações de ferro-ligas destinadas à China, totalizando US$ 4,38 milhões. No estado do Amazonas, as exportações somaram US$ 86,3 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 1,32 bilhão.
De acordo com dados da Balança Comercial do Amazonas, o estado registrou movimentação total de US$ 1,41 bilhão na Corrente de Comércio. Logo após Presidente Figueiredo, Itacoatiara contribuiu com US$ 713,25 mil em madeira serrada ou tratada longitudinalmente, exportada para os Estados Unidos.
Impacto positivo das exportações
O economista Inaldo Seixas destaca que o aumento das exportações fortalece a economia do Amazonas, inserindo o estado em um contexto nacional de crescimento econômico, redução da inflação, queda do dólar e ampliação dos investimentos.
“O comportamento do fluxo comercial foi bastante significativo. As importações ainda ocupam a maior parte desse movimento, mas o destaque é que as exportações crescem, sobretudo nesse ambiente de tarifas e incertezas internacionais. O fato é que o Amazonas tem crescido bastante, com exportações principalmente fora de Manaus, do polo industrial. Vemos que o interior também participa: Presidente Figueiredo, com essas commodities de minério, está trazendo investimentos significativos”, disse o economista.
O especialista ressalta que as exportações promovem o crescimento econômico do município, aumentam o emprego e a produtividade, diversificam os mercados para os produtos locais, atraem investimentos e tecnologia, e estimulam a inovação e a competitividade das empresas.
“Esse ambiente positivo, aliado à maior captação de recursos por conta das exportações, possibilita que esses municípios implementem políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população. O destaque, portanto, é esse: o Amazonas tem se saído bem no quesito de exportação, mesmo com o ambiente de incertezas que vivemos nos primeiros meses de 2025”, afirmou Inaldo Seixas.

Ouro e outros produtos dominam exportações
No estado, o produto mais relevante foi o ouro (incluído o ouro platinado) em outras formas semimanufaturadas, para usos não monetários, totalizando US$ 18,70 milhões e representando 98,67% do total das exportações destinadas ao país europeu.
No campo das importações, Itacoatiara também registrou movimentação de US$ 10,86 milhões na compra de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos vindos da Rússia. Já Nova Olinda do Norte importou US$ 5,64 milhões em outros veículos aéreos (como helicópteros, aviões e satélites) provenientes dos Estados Unidos.
Em segundo lugar no ranking de exportações, a Colômbia comprou US$ 5,38 milhões, com destaque para “outras preparações alimentícias”, que responderam por 44,94% das vendas enviadas ao mercado colombiano.
Nas importações, o principal parceiro comercial foi a China, com destaque para “outros suportes gravados”, utilizados na reprodução de fenômenos diferentes de som ou imagem, no valor de US$ 78,29 milhões, equivalentes a 15,44% do total importado pelo estado.
Os Estados Unidos aparecem em seguida, com o produto copolímeros de etileno e alfa-olefina, de densidade inferior a 0,94, no valor de US$ 26,32 milhões, correspondendo a 19,58% das importações originárias daquele mercado.
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