O governador Wilson Lima destacou nesta quarta-feira (05/11) os impactos positivos da quebra do monopólio do gás natural no Amazonas, que vem gerando emprego, renda e desenvolvimento no interior do estado. A declaração foi feita durante o seminário “Energia e Desenvolvimento Regional: Convergência para o Brasil do Futuro”, em Brasília, reunindo autoridades, investidores e representantes do setor energético nacional.

Investimentos fortalecem economia local

Segundo Wilson Lima, os investimentos no setor energético são fundamentais para a segurança energética e o crescimento econômico:

“O gás natural gera emprego, promove a economia e faz com que o PIB cresça, com impacto social significativo em municípios como Silves e Itapiranga”, afirmou o governador.

Desde a promulgação da Lei do Gás em março de 2021, o Amazonas passou a ter um novo marco regulatório, abrindo o mercado estadual para competidores e atraindo investimentos privados.

Projetos transformam o interior do estado

O Complexo Azulão 950, operado pela Eneva, é destaque: com R$ 5,8 bilhões em investimentos, o projeto terá capacidade de gerar 950 megawatts, suficiente para abastecer 3,7 milhões de residências a partir de 2026. Municípios como Silves estão vivenciando um momento histórico de desenvolvimento econômico e geração de empregos.

Formação técnica e empreendedorismo

A presença da indústria de gás também abriu espaço para capacitação profissional. Em agosto, o Cetam formou 81 alunos em cursos técnicos de Sistemas a Gás, Eletromecânica e Agropecuária, com bolsa custeada pela Eneva.

Paralelamente, o programa Elas Empreendedoras qualifica mulheres do interior, fortalecendo o empreendedorismo feminino e a autonomia financeira nas comunidades impactadas.

Potencial do Campo do Juruá

O governador destacou ainda o Campo do Juruá, próximo a Carauari, com reservas estimadas em 30 bilhões de metros cúbicos de gás natural, que podem impulsionar a indústria de fertilizantes combinando potássio e fosfato em outros municípios do estado.

“O desafio é monetizar esse gás em áreas de difícil acesso, mas o potencial é imenso”, disse Wilson Lima.

Com mais de 42 bilhões de metros cúbicos de reservas comprovadas, o Amazonas representa 13% das reservas nacionais e 56% das reservas onshore, consolidando-se como fronteira energética do Brasil.

Transição energética e sustentabilidade

O governador ressaltou que o gás natural é combustível da transição energética justa, integrando fontes renováveis que promovem inclusão social e crescimento regional.

O Amazonas se prepara para lançar a Política Estadual de Transição Energética (PETEN) na COP30, estabelecendo metas como redução de 50% do diesel nos sistemas isolados e eliminação da pobreza energética até 2030.

Seminário “Energia e Desenvolvimento Regional”

O evento promovido pela Eneva em parceria com o Poder360 discutiu o papel da energia como motor do desenvolvimento socioeconômico, reunindo autoridades, ministérios, investidores e imprensa especializada.

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