A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado (8), durante um evento do PL Mulher em Londrina (PR), que o Congresso Nacional “está de joelhos em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal)”.
Ela também voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como a “única opção” da direita para as eleições de 2026 — apesar de ele estar inelegível.
“A gente tem visto um Congresso de joelhos em frente ao STF, isso é uma tristeza para a gente, porque, hoje, só quem governa é o Judiciário”, afirmou Michelle.
A ex-primeira-dama criticou decisões recentes da Corte e disse que o Legislativo tem sido enfraquecido.
“Os nossos deputados aprovam leis e, se não tiver em concordância, eles anulam”, continuou ela, em sua primeira declaração após a Primeira Turma do STF rejeitar, por unanimidade, recursos apresentados pelo ex-presidente e por outros seis réus condenados por participação na tentativa de golpe de Estado.
“A única opção é Jair Bolsonaro”, diz ex-primeira-dama
Michelle Bolsonaro reafirmou que o ex-presidente continua sendo a principal liderança da direita brasileira.
“Não há outra opção para a Presidência da República. A única opção para presidente da República da direita chama-se Jair Messias Bolsonaro. Se não acontecer, não existe democracia, se não acontecer, este é o verdadeiro golpe que o Judiciário está dando no povo de bem, no povo brasileiro”, declarou.
A ex-primeira-dama é cotada por aliados do PL como possível substituta de Bolsonaro na disputa presidencial de 2026.
Michelle fala sobre saúde e prisão domiciliar de Bolsonaro
Durante o evento, Michelle também comentou o estado de saúde do marido, que completará 100 dias em prisão domiciliar na terça-feira (11).
“Meu marido passou pela última cirurgia e nunca mais ele conseguiu se recuperar do soluço. Ele chega à exaustão, ele tem vários problemas de saúde decorrentes dessa última cirurgia, por ele não ter tido tempo para se recuperar, paz de espírito para se recuperar, um ambiente favorável”, disse.
“Um abismo foi puxando o outro. Ele tem vivido dias muito difíceis, tendo todos os seus direitos violados. Mas essa injustiça vai acabar, eu creio”, finalizou.
Bolsonaro pode cumprir pena em regime fechado em 2025
Jair Bolsonaro foi condenado em setembro pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão, acusado de liderar o plano de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Com a conclusão dos recursos, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deve declarar o trânsito em julgado para Bolsonaro e os demais condenados. A partir desse momento, não haverá mais possibilidade de recurso, e as penas passam a ser definitivas, o que pode levar o ex-presidente a cumprir a pena em regime fechado ainda em 2025.
(*) Com informações da CNN Brasil
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