Ao longo de 2025, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) intensificou o combate a crimes contra crianças e adolescentes. Como resultado, a instituição prendeu 468 pessoas em todo o estado, com foco no crime de estupro de vulnerável.
Além das ações repressivas, a corporação ampliou medidas de acolhimento às vítimas e fortaleceu a rede de proteção.
Prisões na capital e no interior
Na capital, a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) conduziu as prisões. Já no interior, as delegacias locais atuaram com apoio do Departamento de Polícia do Interior (DPI).
Segundo o delegado-geral adjunto Guilherme Torres, o aumento das prisões reflete o crescimento das denúncias. Além disso, ele destaca a maior confiança da população na Polícia Civil e a integração entre as forças de segurança.
Em 2025, a corporação reforçou o enfrentamento a todos os tipos de violência contra crianças e adolescentes. Para 2026, a meta é ampliar ainda mais os índices de prisões.
Atuação da Depca e dados de investigações
Entre janeiro e novembro, a Depca realizou 113 prisões em flagrante e cumpriu 97 mandados de prisão. Nesse período, a delegacia instaurou 778 inquéritos policiais por crimes contra crianças e adolescentes.
De acordo com a delegada adjunta Kássia Evangelista, a Polícia Civil atua de forma integrada. Assim, a instituição adapta as estratégias às realidades da capital e do interior.
Operação Caminhos Seguros
Como parte desse trabalho, a PC-AM deflagrou a Operação Caminhos Seguros em maio. A ação ocorreu em todo o estado e teve coordenação da Depca.
Segundo dados do DPI, a operação mobilizou 238 policiais. Além disso, promoveu centenas de ações preventivas e alcançou mais de 15 mil pessoas.
Para a delegada Kássia, o aumento das ações preventivas estimula as denúncias. Essas informações fortalecem as investigações e ampliam o combate às violências contra crianças e adolescentes.
Importância das denúncias
A Polícia Civil observa maior encorajamento da população para denunciar crimes contra vulneráveis. De acordo com a delegada, as denúncias contribuem diretamente para o aumento das prisões.
Além disso, elas representam uma resposta clara à sociedade de que esse tipo de crime será combatido com rigor.
Acolhimento às vítimas
Além das prisões, a Depca investe em ações preventivas e no acolhimento das vítimas. A delegacia atua em parceria com órgãos como o Centro Integrado de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítimas ou Testemunhas de Violência (Ciaca).
O atendimento inclui suporte psicológico e assistencial. Além disso, o acesso à Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) e ao Ministério Público (MP-AM) permite que vítimas e familiares recebam auxílio emergencial em um único local.
Atuação no interior do estado
No interior do Amazonas, a Polícia Civil também reforçou as ações. Segundo o diretor do DPI, delegado Paulo Mavignier, a corporação realizou mais de 257 prisões por estupro de vulnerável em municípios do interior.
De acordo com ele, as denúncias demonstram a confiança da população no trabalho policial. Além disso, a divulgação responsável das prisões pela imprensa ajuda a encorajar novas denúncias.
O DPI mantém operações contínuas para localizar e prender abusadores sexuais em todas as regiões do estado. Segundo Mavignier, a Polícia Civil não tolera crimes dessa natureza e seguirá atuando para responsabilizar os autores e proteger as vítimas.
Leia mais: Avô é preso suspeito de estuprar neta e outra criança e oferecer R$ 2 pelo silêncio no AM
