Manaus (AM) – O gabinete de crise montado para investigar o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips reuniu a imprensa, na tarde desta quarta-feira (8), para prestar esclarecimentos acerca das investigações sobre o caso. De acordo com o Secretário de Segurança Pública, General Mansur, seis pessoas já foram ouvidas.
O evento ocorreu na sede da Superintendência da Polícia Federal, localizada na avenida Domingos Jorge Velho, no bairro Dom Pedro, na Zona Oeste da capital.
Entre os órgãos envolvidos na ação conjunta integrada, estão a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), Marinha, Exército (EB), Polícia Federal (PF) e Polícia Civil (PC). De acordo com o Secretário da SSP, General Mansur, todos os órgãos irão atuar em suas respectivas competências.
“Nós trabalhamos numa região ali, muito perigosa, uma região onde a gente sabe que há uma criminalidade intensa. O tráfico de drogas predomina naquela região, onde tem as fronteiras Peru e Colômbia. Além disso temos o conhecimento de garimpo ilegal. Estamos trabalhando de forma ostensiva, mas sobretudo em um trabalho de inteligência, um trabalho investigativo. Se há algum crime nesse desaparecimento, nós da Polícia Federal temos um inquérito instaurado para apurar as ações criminosas”,
explicou o superintendente regional, Eduardo Alexandre.
O Secretário de Segurança Pública, General Mansur, falou da atuação da força de segurança a partir do registro de desaparecimento do indigenista e do jornalista, onde foi instaurado um inquérito policial. Ainda de acordo com o secretário após o conhecimento sobre o fato, o governador Wilson Lima solicitou um reforço policial na região, para apoiar as investigações.
Conforme Mansur, na segunda-feira (6), uma reunião entre os órgãos de segurança do estado foi realizada onde foram distribuídas as atuações dos profissionais que atuam nas buscas. General Mansur ainda informou que nesses quatro dias de investigações, várias pessoas já foram ouvidas, entre eles um suspeito, detido por estar em posse de munições e chumbinhos, que está sob investigação.
“Nessa investigação da segurança pública, nós já tivemos seis pessoas ouvidas, cinco como testemunhas e uma pessoa como suspeita. Foram pessoas que estiveram próximas, antes do desaparecimento das duas pessoas. Já esse suspeito, por enquanto, não tem nada a ver ainda com o fato do desaparecimento, está sob investigação. Ele foi ouvido pois durante abordagem intensificada no município, ele foi abordado com arma e munições”,
explicou o secretário.
De acordo com as autoridades nenhuma linha de investigação é descartada sobre o desaparecimento dos dois profissionais. O gabinete de crise conta com o apoio da força nacional, e conforme as autoridades até o momento não há uma data estipulada para o encerramento das buscas.
Gabinete de crise
O gabinete de crise foi instaurado ainda no domingo (5), dia do desaparecimento da dupla. Lanchas da Marinha do Brasil iniciaram as buscas logo após as forças de segurança serem acionadas sobre o caso. Porém a reunião física entre as autoridades ocorreu somente nesta quarta-feira, juntamente com a imprensa para ser repassadas as atualizações sobre o trabalho de busca realizado nesses quatro dias.
Um material de imagens e vídeos foi capturado nesse período de buscas foi apresentado, o delegado da Polícia Federal, Eduardo Fontes, informou que diversas incursões foram feitas na região, através de embarcações nos rios, bem como, por aeronaves, ele ressaltou que o local é uma área muito complexa, e que a Polícia Federal tem um inquérito onde apura a movimentações de tráfico de drogas na região.
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