Aparentemente uma bobagem, a polêmica sobre o direito ou não dos mesários usarem roupas nas cores verde e amarelo nas seções eleitorais durante a votação do próximo domingo (2) quebrou o sossego de vários analistas e gerou um inesperado clima de tensão às vésperas do pleito eleitoral.
Acerca do episódio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ameaçou acionar as Forças Armadas para fechar as seções em que for proibido votar usando as cores da bandeira brasileira, principalmente o verde e amarelo. Foi uma resposta do presidente a uma proposta de líderes de centrais sindicais que pediram ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, que proibisse os trajes dos mesários nas cores da bandeira por sugerirem campanha em favor do candidato à reeleição.
Moraes, entretanto, disse ontem que não acolherá a proposta dos líderes sindicais, de modo que qualquer mesário, em qualquer lugar do país, poderá usar o traje que quiser, inclusive o verde e amarelo, para trabalhar nas seções.
A lei eleitoral permite que eleitores utilizem camisetas ou outros adereços — como bonés e broches — de seus partidos ou candidatos preferidos. A legislação, contudo, proíbe que servidores da Justiça Eleitoral e os mesários usem “vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de partido político, de coligação ou de candidato”.
O episódio parece ter sido superado. Mas, alguns analistas manifestaram preocupação com a polêmica em um momento de campanha polarizada, quando o presidente da República, com os nervos à flor da pele, busca um pretexto qualquer para golpear a democracia se perder, no primeiro turno, para Lula no domingo.
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