O presidente Jair Bolsonaro ficou conhecido, após galgar à presidência do Brasil, por suas falas “sem fundamento e sem provas”. Não se sabe se é falta de uma assessoria profissional, mas de acordo com analistas politicos, o presidente precisa ser orientado a se comportar como um chefe de Estado, com mais diplomacia e cuidado no relacionamento com as nações.
Devido a essa ‘ausência de tato e discernimento em suas falas’, não tem freios em sua metralhadora verbal, porém, muitas vezes, quando acredita que que vai atirar em alguém, atira em si mesmo. Esse foi o caso das meninas venezuelanas, que ficou famoso nesse fim de semana, nas redes sociais.
Após gravar uma entrevista em um podcast nacional, Bolsonaro citou uma visita que teria feito à casa das meninas em Brasília e a frase que disse na entrevista, ‘pintou um clima’, ao viralizar, fez estrago em sua campanha para a presidência.
Vídeo
Nesta terça-feira (18), Bolsonaro foi obrigado a gravar um vídeo em que pede desculpa pela declaração sobre as meninas venezuelanas, da casa que ele visitou no Distrito Federal. Após dizer que as jovens se arrumavam para fazer programa, Bolsonaro, ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, afirmou agora em vídeo, que “eram trabalhadoras”.
A iniciativa veio após forte repercussão negativa de declarações sobre a visita que ele fez a casa onde estavam as garotas venezuelanas.
No vídeo gravado agora, Bolsonaro dá uma versão de que teve uma “dúvida” e uma “preocupação” sobre as jovens no local, mas que a essas incertezas foram esclarecidas pela então ministra Damares Alves. Segundo Bolsonaro, a ministra foi ao local e verificou que eram meninas “trabalhadoras”.
O caso que viralizou
A repercussão começou no sábado (15), quando viralizou nas redes sociais uma entrevista de Bolsonaro a um podcast na sexta-feira (14). Na entrevista, Bolsonaro relatou que estava de moto andando em uma região administrativa do Distrito Federal e encontrou meninas venezuelanas em uma casa. Ele disse que “pintou um clima” e, por isso, resolveu entrar:
“Eu estava em Brasília, na comunidade de São Sebastião, se eu não me engano, em um sábado de moto […] parei a moto em uma esquina, tirei o capacete, e olhei umas menininhas… Três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade, e vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’ Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando, todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, afirmou o presidente na ocasião.
A declaração de Bolsonaro gerou repercussão negativa nas redes sociais e, em seguida, na campanha eleitoral. Naquela ocasião, ele contou a mesma história, e disse que as meninas se arrumavam para “fazer programa”.
“Todas muito bem arrumadas. Tinham tomado banho. Estavam fazendo o cabelo. Venezuelanas. Estavam se arrumando para quê? Alguém tem ideia? Quer que eu fale? Vou falar. Para fazer programa. Acha que elas queriam fazer isso? Qual é a fonte de sobrevivência delas? Essa”, repetiu.
A Venezuela, país vizinho vive uma grave crise social. Porém o povo venezuelanocontinua sendo vítima das falas nada éticas do presidente, quando quer associar o PT ao socialismo: “Vocês querem que o Brasil vire uma Venezuela?”, fala em um discurso repetido, ao citar à pobreza do País vizinho.
A Venezuela é um dos países mais ricos do mundo em poços de petróleo, porém tem sido vítima do bloqueio americano e do governo de Nicolás Maduro, que não abre mão de suas crenças ideológicas. Ainda assim, a população venezuela não merece ser vítima do preconceito do presidente brasileiro, já que nosso País tem portas abertas para receber os imigrantes do país vizinho.
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