Consequentes, sobretudo, da irresponsabilidade de lideranças políticas obtusas que se mostram distantes de qualquer princípio de civilidade, são bilionários os prejuízos causados pelos bloqueios ocorridos nas rodovias brasileiras desde o dia seguinte à derrota do presidente Jair Bolsonaro nas urnas de 30 de outubro.

Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), por exemplo, apontam em quase R$ 2 bilhões as perdas diárias do comércio com o movimento paredista deflagrado por caminhoneiros e outros grupos bolsonaristas inconformados com a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva.

A CNN Brasil calcula que, se o movimento não for contido definitivamente pelos órgãos de controle, neste final de semana, pelo menos 500 mil litros de leite serão derramados no asfalto. O fato, obviamente, agride o bom senso de um país onde a insegurança alimentar assola 33 milhões de pessoas jogadas à rua da amargura, desesperançadas e sem rumo.

Sabe-se que na quarta-feira (2), o presidente Bolsonaro tentou amenizar a situação pedindo aos seus apoiadores que desobstruíssem as estradas, mas afirmando, entretanto, que os protestos fazem parte do jogo democrático.

Não é assim que reflete o mercado financeiro, mais do que assustado com os prejuízos gigantescos verificados até agora à economia de Norte a Sul do país. O mercado foi duramente afetado. A Bolsa de Valores verde e amarela agoniza, temendo a imprevisibilidade dos mercados globais em relação ao quadro da crise desencadeada pelos bloqueios.

À parte o comércio, os bloqueios atingiram seriamente os serviços hospitalares, complicando o quadro de pacientes de hemodiálise em vários estados, onde faltam combustíveis e alimentos. Quem pagará a conta de tamanha irresponsabilidade ?

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