Manaus (AM) — Uma pesquisa realizada pela Preply, aplicativo de ensino de idiomas, revelou quais capitais do Brasil têm os comportamentos rudes mais comuns. Os resultados mostraram que Manaus é a sexta cidade mais mal-educada, pontuando 6,4 na escala de 1 a 10 do ranking.
No estudo, cerca de 1,6 mil pessoas residentes de 15 capitais brasileiras foram questionadas sobre diversas atitudes, como falar muito alto, não prestar atenção aos pedestres e não dar gorjetas. Manaus levou a maior nota (7,75) em “permanecer no telefone celular em público”.
Segundo o sociólogo Israel Pinheiro, uma das razões, além do contexto em que cada indivíduo está inserido, é o tempo curto em que as novas tecnologias foram inseridas na sociedade. Ele relata que há apenas 15 anos o smartphone se popularizou, e os aspectos do uso dele envolvem etiquetas sociais que ainda precisam ser aprimoradas.
“São coisas que vamos desenvolvendo a partir dessa relação com a própria tecnologia. Não temos ainda um parâmetro fundamental para dizer o que é certo ou errado, porque isso vem de uma ética social estabelecida entre os comuns”,
explica Israel.
Pinheiro também aponta, baseando-se no estudo, que Manaus é uma cidade de alto trânsito de pessoas, com várias diferenças culturais, e isso deve ser levado em consideração na análise do resultado.
“Um dos pontos citados na pesquisa é que as pessoas mais rudes em Manaus são os não-nativos. E isso mostra que, culturalmente, a gente vai ter muitas diferenças entre capitais, e pelo nosso próprio estado, porque temos histórias e contextos sociais completamente diferentes”, relata.
O sociólogo, no entanto, alerta que a pesquisa não deve ser generalizada na análise se Manaus é educada ou não, porque não mostra mais dados, que poderiam ser relevantes para a análise final.
“Esta é uma pesquisa que não abrange todos os dados necessários, como gênero, cor e classe social. E é importante ressaltar que o conjunto de parâmetros apresentados não necessariamente refletem que a cidade é de fato mais ou menos rude, só indica a partir de determinada visão. Além disso, se você pergunta para uma pessoa induzindo o nível da resposta que você quer, isso já é uma coisa problemática da pesquisa, que tem que ser avaliada”,
completa Israel.
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