A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, se defendeu, neste domingo (22) nas redes sociais, das acusações de omissão em relação a situação de emergência do povo Yanomami durante sua atuação na pasta.
Mesmo assim, dados do Ministério da Saúde mostram que foi justamente durante o governo Bolsonaro que os casos dispararam.
“Acompanhei com dor e a tristeza as imagens que estão sendo divulgadas sobre os Yanomami. Minha luta pelos direitos e pela dignidade dos povos indígenas é o trabalho de uma vida”, escreveu Damares.
“No Governo Bolsonaro, a política indigenista era executada em três ministérios: Educação, Saúde e Justiça. Ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos cabia receber denúncias de violações de direitos dos indígenas e encaminhá-las às autoridades responsáveis”, seguiu.
A ex-ministra ainda usou a plataforma para criticar os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, mas também alfinetou a imprensa.
“A desnutrição entre crianças indígenas é um dilema histórico e foi agravada pelo isolamento imposto pela pandemia. Entre os anos 2007 e 2011, o Vale do Javari já tinha índices alarmantes. A mesma imprensa que hoje faz cobertura positiva da agenda presidencial fez críticas à época. Tenho a convicção de que mais do que posar para fotos e realizar belos discursos (feitos a quilômetros das aldeias), devemos enfrentar a raiz do problema. Sempre questionei a política do isolamento imposta a algumas comunidades. Está na hora de uma discussão séria sobre isso. Ao invés de perdermos tempo nessa guerra de narrativas e revanchismo, proponho um pacto por todas as crianças do Brasil, de todas as etnias”, encerrou Alves.
Os internautas, porém, não aceitaram bem o discurso da ex-ministra. “A responsabilidade criminal é o único caminho diante de tanta violência e violações de direitos humanos cometida pelo Governo Bolsonaro, do qual você foi ministra e uma das expoentes”, disse um usuário do Twitter.
“Você nunca mais terá paz. As suas mãos estão manchadas de sangue para a eternidade e serão sempre um lembrete das atrocidades cometidas por você”, escreveu outra pessoa.
Damares ainda foi chamada de “assassina” e “genocida” por outras pessoas, inclusive defendo a prisão da agora senadora por omissão neste caso.
* Com informações do site Istoé
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