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lenda do esporte

Mestre Robson Gracie morre aos 88 anos

Faixa-vermelha resgatou o velho programa de TV “Heróis do Ringue”, de 1959

O mundo do jiu-jítsu está de luto com a morte de Robson Gracie. O ex-lutador morreu nesta sexta-feira (28), mas a causa da não foi divulgada pela família. A notícia foi dada por meio do Instagram de Kyra Gracie, neta do ex-atleta.

Na postagem, a lutadora definiu o avô como “uma das pessoas mais importantes da minha vida”. “Hoje, o jiu-jítsu se despede do Grande Mestre Robson Gracie, patriarca da Família Gracie e faixa vermelha”, escreveu na rede social.

Com 88 anos, ele era o integrante vivo mais velho da família real do jiu-jitsu brasileiro. Segundo filho de Carlos Gracie, Robson nasceu no Rio de Janeiro em 1935 e foi presidente da Federação de jiu-jítsu do Rio de Janeiro.

Histórico

Junto ao pai, ao tio e aos irmãos, o ex-lutador foi um dos responsáveis pela criação da modalidade brasileira do jiu-jítsu, assim como pelo surgimento do Vale-Tudo, que deu origem ao MMA, sigla em inglês para Artes Marciais Mistas.

No Vale-Tudo, Robson estreou ganhando de Artur Emídio e, ao longo de sua carreira, bateu Valdo Santana, irmão de Valdemar Santana. Ele deixa os filhos Charles, Renzo, Keila, Ralph, Flávia e Robson Gracie Jr, além de Ryan Gracie, que faleceu em 2007.

“Se eu cair duro na rua amanhã e for levado para o Instituto Médico Legal, o legista vai ter uma surpresa muito grande. Gente, o cadáver sorria!”, disparou certa vez o grande mestre Robson Gracie, cheio de sabedoria. “Eu morreria satisfeito, feliz da vida por tudo que vi e vivi”.

Nascido em 16 de janeiro de 1935, Carlos Robson Gracie foi o segundo filho de grande mestre Carlos. Foi um espevitado garoto que escalava as cortinas da casa dos Gracie, para desespero do tio Helio, considerado seu segundo pai. Sinônimo de bravura nos ringues, como professor tampouco media esforços para fazer as crianças aprenderem a essência do Jiu-Jitsu. “Bastou apenas uma aula básica de defesa de tapa na cara com Robson”, conta o sobrinho Marco Gracie Imperial, “e nunca mais tomei um tapa na vida. Um dos grandes professores da família, suas lições eram inesquecíveis”.

A estreia de Robson Gracie no vale-tudo deu-se em abril de 1957, contra Artur Emídio, com vitória fulminante por finalização. Ele enfrentou ainda Valdo Santana, irmão mais leve de Valdemar Santana – notório arquirrival de seu tio Helio e de seu irmão Carlson.

A notoriedade como especialista em Jiu-Jitsu o levou, na década de 1960, a ser contratado como guarda-costas do governador Leonel Brizola. Tornou-se presidente da FJJ-Rio, a federação de Jiu-Jitsu do Rio, na década de 1980.

Em 1999, o faixa-vermelha resgatou o velho programa de TV “Heróis do Ringue”, de 1959, e passou a comandá-lo no canal CNT. Como apresentador, popularizou diversos bordões, como o famoso “Quem tem garrafas para vender?”.

*Com informações do Extra e Diário do Nordste

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