Ana Júlia, mulher de Gil Romero Machado, concedeu coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (11), ao lado de seu advogado. Ela contou que não sabia exatamente nem um detalhe sobre a morte de Débora ou qualquer relacionamento de Gil com a vítima, incluindo a gravidez.
“Eu estou assustada, perplexa com toda essa situação que está acontecendo. Eu tinha um sonho que era trabalhar para concluir a faculdade de Direito, eu não imaginava que ele teria coragem de fazer isso. Eu me sinto uma vítima também, perdi meu emprego, minha vida. Eu não reconheço esse homem, nunca conheci esse lado, pelo contrário ele era acolhedor e sempre ajudou as pessoas, eu estou sendo julgada por uma situação que eu não tinha ideia que estaria acontecendo, disse Ana Julia.
A mulher chegou a ser procurada pela Polícia Civil do Amazonas após controvérsias do primeiro depoimento que ela prestou na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Entretanto, durante coletiva ocorrida na manhã de quinta-feira (10), na Delegacia Geral de Polícia Civil, a Delegada Débora Barreiros disse que ficou claro a não há participação de Júlia no crime e que o próprio Gil fala que a esposa não sabia de nada.
O caso
A jovem Débora Alves da Silva, de 18 anos, foi assassinada por Gil e outros dois homens na madrugada de 29 de julho no terreno de uma usina abandonada no bairro Mauazinho, Zona Leste de Manaus.
A vítima estava no oitavo mês de gestação e teve o filho arrancado de sua barriga pelo pai da criança (Gil Romero), que jogou o bebê dentro de um rio nas imediações do Porto Ceasa.
Gil Romero e José Nilson foram presos e seguem à disposição da Justiça. Um terceiro envolvido, conhecido como “Nóia”, ainda está sendo procurado.
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