Manaus (AM) – No próximo dia 17 de março, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) vai realizar uma homenagem póstuma ao senador José Jefferson Carpinteiro Peres, que completaria 90 anos no próximo dia 19 do corrente.
A iniciativa da homenagem ao senador falecido é do deputado Adjuto Afonso, líder do Partido Democrático Trabalhista (PDT), na Casa Legislativa, e de membros do próprio partido, todos entusiastas da trajetória política do senador. A solenidade será realizada a partir das 15h, no Plenário Ruy Araújo.
“É inquestionável o legado ético que o senador Jefferson Peres nos deixou, e devemos sempre lembrar disso. É uma satisfação encabeçar essa singela homenagem a alguém com atuações dignas que dão orgulho a todos nós, amazonenses, por intermédio de ideais éticos e democráticos e, o mais importante, priorizando sempre o povo”, destaca Adjuto Afonso.
A solenidade vai contar com a participação de familiares, amigos, políticos e correligionários, que lembram desse patrimônio moral e político que ele deixou no Congresso Nacional.
“Essa homenagem é um resgate da história do senador Jefferson Peres quanto à ética na política, seu compromisso com a questão social e o seu combate à corrupção”, ressalta o professor Ademir Ramos, presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini no Amazonas, um dos responsáveis pela homenagem.
O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, estará em Manaus na quinta-feira, e participará da solenidade.
Um pouco da história como senador
Como senador, Jefferson Peres, que foi líder do PDT naquela Casa, atuou como titular das comissões de Assuntos Econômicos, de Constituição, Justiça e Cidadania e de Fiscalização e Controle, e suplente das comissões de Assuntos Especiais, de Educação e do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Peres fez parte também da comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, e das Subcomissões de Infraestrutura e de Planejamento, Urbanismo e Integração Regional, atuando como suplente da comissão especial do Código Civil Brasileiro.
Autor de projetos que extinguiam regalias parlamentares foi relator do projeto de legalização de escutas telefônicas e do que autorizava firmas estrangeiras a ingressarem no mercado de saúde privada e medicina de grupo. Em 1995 votou a favor das emendas constitucionais que acabaram com o monopólio estatal nos setores de telecomunicações, exploração de petróleo, distribuição de gás canalizado e navegação de cabotagem; da alteração do conceito de empresa nacional; da criação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Crítico do clientelismo do governo, exigiu explicações do Ministro das Comunicações Sérgio Mota, a quem acusou de criar cargos para nomear parentes de correligionários políticos, verberando o próprio presidente da república, que, segundo denunciou, estimulava e manipulava a votação da emenda que previa a reeleição.
Em 1996, Jeferson Peres votou a favor da prorrogação por 18 meses do Fundo Social de Emergência (FSE), rebatizado de Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), abstendo-se no tocante ao projeto que estabelecia rito sumário na reforma agrária.
Em 1997, tornou-se segundo-vice-presidente da comissão mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso (1997-1998) e titular das subcomissões dos Poderes de Estado, Representação e Defesa, e de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e da Amazônia legal.
Ausente da votação da emenda que previa a reeleição de presidente da República, governadores e prefeitos, em março de 1998 Jefferson Peres votou a favor do projeto de reforma administrativa que implicou na quebra da estabilidade do servidor público.
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