Manaus (AM) – A Justiça do Amazonas concedeu liberdade, nesta segunda-feira (16), para o investigador Raimundo Nonato Machado, conhecido também como “Nonato Careca”, ele e a esposa Jussana de Oliveira Machado, professora de educação física, foram denunciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio qualificado e tortura contra uma babá e um advogado. A agressão ocorreu em um condomínio na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.
A liberdade veio por meio do Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam), com a decisão proferida pela juíza Eline Paixão e Silva Gurgel do Amaral Pinto, da 3ª Vara do Tribunal de Júri da Comarca de Manaus, que revogou a prisão preventiva do investigador.
Com a decisão, “Nonato Careca” poderá retornar ao trabalho de forma parcial, não podendo participar de serviços externos, além de ter a suspensão do porte de arma de fogo.
Violência
Raimundo é suspeito de estimular, no dia 18 de agosto, a violência contra a babá Cláudia de Lima, espancada sem reagir pela esposa do investigador, além de agredir o advogado Ygor Colares dentro de um condomínio. O advogado foi atingido com um tiro de raspão.
As imagens da violência foram divulgadas nas redes sociais, onde é possível observar o momento em que a vítima é espancada, enquanto o investigador Nonato incita as agressões. “Bate na cabeça dela. Na cabeça dela, bate. Acaba a cara dela. Isso chuta, não deixa ela levantar”, diz Nonato.
Presenciando a ação, o advogado tenta defender a funcionária, mas acaba sendo agredido pelo investigador. Nesse momento, Raimundo passa a arma para Jussana e um disparo de raspão acerta a panturrilha, momento em que ele entra na guarita do condomínio em busca de proteção.
Para o MP, o advogado Ygor Colares só não foi morto pela mulher do investigador porque conseguiu correr para a portaria do condomínio e alguns funcionários se colocaram entre os agressores para tentarem separar a confusão. Em relação à babá, o MP explicou que a ação dos acusados causou danos físicos e psicológicos.
Liberdade da esposa
Em setembro, a Justiça do Amazonas já havia concedido liberdade para Jussana de Oliveira Machado, ela estava detida no Centro de Detenção Provisória Feminina. A decisão também foi da 3ª. Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, que revogou a prisão preventiva da acusada, aplicando medidas cautelares, dentre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.
Jussana Machado responde pelo crime de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, e com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, em relação ao advogado. Em relação à babá, crime de tortura em razão de discriminação racial.
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