Alvarães (AM) – Em celebração ao Dia dos Povos Originários, comemorado sempre no dia 19 de abril, jovens, crianças e adultos de 15 aldeias, de diversas etnias, participam da 2° edição dos Jogos e Danças Interculturais Indígenas do Município de Alvarães (distante 560 quilômetros de Manaus), nesta sexta-feira (19). O esporte e as danças indígenas ganham vida na comunidade indígena Marajaí, região do Médio Solimões.
A comunidade começou a realizar, desde o ano passado, diversas atividades culturais e esportivas entre os dias 14 a 19 de abril, onde indígenas se engajam para as práticas que remontam tempos ancestrais para honrar as raízes e celebrar a herança cultural. Neste último dia, acontece o festival competitivo, onde cada uma das 15 aldeias terão “o casal guerreiro” e “indígena guerreira”, em uma disputa que será posta para avaliação de jurados convidados.
O grande evento é um resgate das tradições originárias quando se refere às danças e aos esportes tradicionais, como o arco e flecha, lançamento de ouriço de castanha, arremesso de lança, zarabatana, natação, corrida, baladeira, cabo de guerra, canoagem, subida no açaizeiro, corrida de tora e corrida, nas modalidades infantil, juvenil e adulto, dividido entre feminino e masculino. Além das diversidades de jogos e apresentações de danças, o evento conta com uma feira de artesanato e gastronomia indígena, além de diversas exposições.
Para o líder da comunidade, o tuxaua Midas, é importante cultivar e resgatar as tradições indígenas de seus antepassados, sendo uma maneira de fortalecer a arte, a cultura, a mente, o corpo e o espírito. Ele afirma que é necessário existir o orgulho entre crianças e jovens das comunidades indígenas da região.
“Eu como Tuxaua, me sinto na obrigação de cultivar e ajudar a resgatar essas tradições que tem se perdido, é algo que veio dos meus ancestrais e, meu pai, quando vivo, me ensinou isso. Precisamos levar adiante e viver o que nossas terras proporcionam de bom”,
afirmou o tuxaua.
Deslocamento
Antes mesmo de começar os eventos, as 15 comunidades indígenas chegaram de diversas regiões do Médio Solimões com suas famílias, com o propósito de brincar e compartilhar seus hábitos e costumes.
“Todos se unem junto à aldeia Marajaí para que tudo aconteça. Todos se empenham e ajudam na limpeza, na alimentação, artesanato, ornamentações, manutenção e organização para a realização das atividades, e até agora, é isso que tem nos motivado a sediar e realizar esse grande evento na aldeia Marajaí”, pontua um dos organizadores e gestor da escola da aldeia, Amilton Oliveira.
Apesar de pequena, a comunidade Marajaí tem se mostrado grande e acolhedora para cerca de mil indígenas das 15 aldeias da região e, aos turistas, que começaram a descobrir e se encantar com o retorno dessas tradições que estão sendo resgatadas para serem vistas e compartilhadas para o mundo e que tende a crescer todos os anos, no coração da floresta amazônica, no Médio Solimões.
*Com informações da assessoria
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