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Deputada lidera mobilização no AM para reclassificar crime contra Julieta Hernández como feminicídio

Conhecida como “Palhaça Jujuba” no mundo artístico, Julieta Hernández foi morta enquanto viajava pelo Brasil de bicicleta

Reclassificar o crime cometido contra a artista venezuelana Julieta Hernández como feminicídio. Esse é objetivo da grande mobilização que acontece esta semana no Amazonas, sob a liderança e articulação local da deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos). O ponto alto acontece nesta terça-feira (11), às 10h, com a cessão de tempo para a Sophia Hernández, irmã da vítima, se manifestar publicamente sobre o caso e explicar sobre a luta por justiça da família e do movimento de mulheres.

Na condição de Procuradora Especial da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), Campelo foi procurada pelos familiares da vítima, movimentos sociais, rede de proteção e Ministério das Mulheres para coordenar e articular as diversas ações no estado. Visitas institucionais (Tribunal de Justiça do Amazonas, Delegacia Geral, Defensoria Pública do Estado, OAB-AM), cessão de tempo e atos públicos estão previstos nas atividades (confirma a programação completa abaixo).

“Estamos unidos – família da vítima, Procuradoria da Mulher da ALEAM, UBM, Cedim, Ministério das Mulheres, órgãos da rede de proteção – no objetivo principal de sensibilizar a Polícia Civil, o Ministério Público e a Justiça para que o crime cometido contra a Julieta Hernández seja reclassificado como feminicídio”, explicou a deputada Alessandra Campelo.

Entenda o caso

Conhecida como “Palhaça Jujuba” no mundo artístico, Julieta Hernández foi morta enquanto viajava pelo Brasil de bicicleta. Ela estava a caminho de seu país de origem quando desapareceu no dia 23 de dezembro, no município de Presidente Figueiredo (a 108 quilômetros de Manaus). A próxima parada seria em Rorainópolis, em Roraima.

No dia 6 de janeiro deste ano, seu corpo foi encontrado dentro de uma mata. De acordo com as investigações, a artista foi estuprada, assassinada e teve seu corpo queimado por um casal, que confessou o crime.

Em nota publicada na última semana, o Ministério das Mulheres manifestou “apoio à ação articulada pela União Brasileira de Mulheres (UBM) e os familiares de Julieta Hernández para que o crime seja reconhecido como feminicídio”. No Amazonas, a deputada estadual Alessandra Campelo é a responsável pela mobilização, via Procuradoria da Mulher da ALEAM.

Em janeiro, o Ministério Público do Estado do Amazonas denunciou os acusados Thiago Angles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos pelos crimes de estupro, latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação cadáver. Agora, a família de Hernández pede a mudança da tipificação dos crimes.

Programação atualizada:

10 de junho (segunda-feira)

Reuniões institucionais no TJAM, Delegacia Geral e Defensoria Pública

11 de junho (terça-feira)

10h – Sessão plenária na ALEAM com cessão de tempo concedida pela deputada estadual Alessandra Campelo para os pronunciamentos de:
Sophia Hernández (irmã da vítima)
Vanja Andréa (União Brasileira de Mulheres)
Dora Brasil (Conselho Estadual dos Direitos da Mulher)
Denise Motta Dau (Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres do Ministério das Mulheres)

15h – Visita ao Mural Artístico em homenagem a Julieta Hernández no Centro Estadual de Convivência da Família Teonízia Lobo, no Mutirão

12 de junho (quarta-feira)

8h30 – Preparação e saída da caravana da ALEAM para Presidente Figueiredo
10h30 – Escuta do Caso Julieta Hernández (Aberto)
11h – Manifestação Pacífica na Praça da Cultura (Aberto)
11h30 – Visita ao crime (momento intimista apenas para Sophia Hernández)

Objetivos:

  • Exigir a reclassificação do crime como feminicídio;
  • Lutar pela liberdade e segurança das mulheres;
  • Demonstrar a força dos movimentos sociais.

*Com informações da assessoria

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