O benefício de manter a floresta preservada por soluções para o desenvolvimento econômico e o enfrentamento dos efeitos da crise climática orientou os debates na abertura da reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20, nesta segunda-feira (17), em Manaus. Representantes dos países-membros do fórum, de organismos internacionais e autoridades nacionais buscam construir um conceito sobre o tema.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou a importância de trazer discussões globais para a região e enfatizou a importância de incluir as perspectivas das populações locais. O evento reúne representantes de 20 países membros e 11 convidados e segue, até a próxima sexta-feira (21), no Centro de Convenções Vasco Vasques.
“Nós temos uma grande oportunidade para que quem mora na Amazônia possa contar a versão da Amazônia do ponto de vista de quem vive aqui. Não tem como a gente falar em mitigação de mudanças climáticas sem colocar o homem, sem colocar o cidadão no centro dessas discussões”,
afirmou o governador, ressaltando o papel vital da região no equilíbrio climático global.
Lima sublinhou que, embora a região não seja a maior causadora das mudanças climáticas no mundo, os amazônicos estão dispostos a contribuir para as soluções e destacou a importância estratégica da Amazônia, responsável por regular o regime de chuvas e abrigar vastos estoques de dióxido de carbono.
“A bioeconomia é um caminho seguro para que possamos dar oportunidade à nossa população”, afirmou Lima, reforçando a necessidade de alinhar as agendas ambientais globais com as realidades locais para alcançar o desenvolvimento sustentável.
De acordo com Carina Pimenta, secretária de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente do Brasil (MMA), os debates são fundamentais para buscar alternativas sobre o uso sustentável da floresta. Pimenta destacou que como esses espaços são historicamente preservados pelos povos e comunidades tradicionais, eles precisam estar no centro dos debates por alternativas econômicas e sustentáveis.
“A discussão sobre bioeconomia aqui no Brasil é impulsionada pela busca de soluções na região amazônica e impulsionada pela necessidade de que uma economia com um uso sustentável do nosso capital natural, com alternativas econômicas que mantenham e regeneram esses biomas, como a Amazônia, mas não só, devem estar no centro dos nossos pensamentos e dos nossos desenhos de estratégia de desenvolvimento”, completou.
Compromisso dos desenvolvidos
“Se a floresta queimada ou derrubada traz um prejuízo, a floresta preservada traz um benefício global. E é muito importante que os países desenvolvidos cumpram os compromissos assumidos no sentido de garantir recursos para a preservação das florestas tropicais em todo o mundo”, defendeu Rodrigo Rollemberg Secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil, destacando o papel estratégico do brasil para a redução das emissões de carbono no mundo.
“O Brasil é um país que tem um perfil de emissões diferente do resto do mundo. Hoje, a maior parte das nossas emissões se dá em função do desmatamento. Daqui a alguns anos esse setor será o setor o maior responsável pela redução de emissões, através da eliminação do desmatamento ilegal e de grandes projetos de restauração e de reflorestamento”, assesugou Rollemberg.
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