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G20 Brasil discute preservação e desenvolvimento econômico da Amazônia

Governador do Amazonas, Wilson Lima afirmou que é preciso colocar o cidadão como protagonista nas discussões sobre mudanças climáticas

Até o dia 19, reuniões discutem sobre bioeconomia e sustentabilidade climática e ambiental
Até o dia 19, reuniões discutem sobre bioeconomia e sustentabilidade climática e ambiental. Foto: Divulgação/Secom

O benefício de manter a floresta preservada por soluções para o desenvolvimento econômico e o enfrentamento dos efeitos da crise climática orientou os debates na abertura da reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20, nesta segunda-feira (17), em Manaus. Representantes dos países-membros do fórum, de organismos internacionais e autoridades nacionais buscam construir um conceito sobre o tema.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, destacou a importância de trazer discussões globais para a região e enfatizou a importância de incluir as perspectivas das populações locais. O evento reúne representantes de 20 países membros e 11 convidados e segue, até a próxima sexta-feira (21), no Centro de Convenções Vasco Vasques.

 “Nós temos uma grande oportunidade para que quem mora na Amazônia possa contar a versão da Amazônia do ponto de vista de quem vive aqui. Não tem como a gente falar em mitigação de mudanças climáticas sem colocar o homem, sem colocar o cidadão no centro dessas discussões”,

afirmou o governador, ressaltando o papel vital da região no equilíbrio climático global.

Lima sublinhou que, embora a região não seja a maior causadora das mudanças climáticas no mundo, os amazônicos estão dispostos a contribuir para as soluções e destacou a importância estratégica da Amazônia, responsável por regular o regime de chuvas e abrigar vastos estoques de dióxido de carbono.

“A bioeconomia é um caminho seguro para que possamos dar oportunidade à nossa população”, afirmou Lima, reforçando a necessidade de alinhar as agendas ambientais globais com as realidades locais para alcançar o desenvolvimento sustentável.

De acordo com Carina Pimenta, secretária de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente do Brasil (MMA), os debates são fundamentais para buscar alternativas sobre o uso sustentável da floresta. Pimenta destacou que como esses espaços são historicamente preservados pelos povos e comunidades tradicionais, eles precisam estar no centro dos debates por alternativas econômicas e sustentáveis.

“Algumas inovações que estamos discutindo aqui no G20 são fundamentais para que países tropicais, países florestais, países mega diversos usufruam de uma bioeconomia no futuro”,

disse Carina Pimenta.

“A discussão sobre bioeconomia aqui no Brasil é impulsionada pela busca de soluções na região amazônica e impulsionada pela necessidade de que uma economia com um uso sustentável do nosso capital natural, com alternativas econômicas que mantenham e regeneram esses biomas, como a Amazônia, mas não só, devem estar no centro dos nossos pensamentos e dos nossos desenhos de estratégia de desenvolvimento”, completou.

Compromisso dos desenvolvidos

“Se a floresta queimada ou derrubada traz um prejuízo, a floresta preservada traz um benefício global. E é muito importante que os países desenvolvidos cumpram os compromissos assumidos no sentido de garantir recursos para a preservação das florestas tropicais em todo o mundo”, defendeu Rodrigo Rollemberg Secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil, destacando o papel estratégico do brasil para a redução das emissões de carbono no mundo.

“O Brasil é um país que tem um perfil de emissões diferente do resto do mundo. Hoje, a maior parte das nossas emissões se dá em função do desmatamento. Daqui a alguns anos esse setor será o setor o maior responsável pela redução de emissões, através da eliminação do desmatamento ilegal e de grandes projetos de restauração e de reflorestamento”, assesugou Rollemberg.

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