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Trégua

Suposto mandante do assassinato de delator do PCC é visto em pagode com traficantes do CV

Ele foi visto no último fim de semana em um pagode na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio.

Foto: Divulgação

São Paulo (SP) – Apontado pela Polícia Civil de São Paulo como o mandante do assassinato de Vinícius Gritzbach, o traficante Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como “Cigarreira”, foi visto no último fim de semana em um pagode na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. O local é considerado um dos principais redutos do Comando Vermelho (CV) e abriga lideranças da facção carioca.

Castilho, integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), teria buscado refúgio na Vila Cruzeiro logo após a execução de Gritzbach, ocorrida no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Desde então, ele tem sido visto circulando pela comunidade e estreitando laços com traficantes do CV, o que reforça as suspeitas de uma negociação entre as duas maiores facções do país.

Trégua entre facções

A aproximação entre membros do PCC e do CV acontece em meio às tratativas para uma trégua nacional. A aliança, que vem sendo articulada desde 2019, teria sido consolidada recentemente por seus líderes máximos: Márcio dos Santos Nepomuceno, o “Marcinho VP” (CV), e Marco Willian Herbas Camacho, o “Marcola” (PCC).

Avisos internos do PCC, conhecidos como “salves”, começaram a circular na última semana, determinando o fim dos ataques entre as facções e a proibição de invasões territoriais. A trégua tem impacto direto em estados do Norte e Nordeste, onde o CV mantém forte domínio.

Investigações e suspeitas

Apesar das suspeitas de envolvimento de Cigarreira na morte de Gritzbach, parte da força-tarefa que investiga o crime acredita que ele possa estar afastado das atividades criminosas devido a problemas de saúde.

O traficante estaria em tratamento contra um câncer e acabou procurado em hospitais. Além disso, não há provas concretas que o vinculem diretamente aos policiais militares apontados como executores do crime.

Outro nome citado na investigação é Diego Amaral, o “Didi”, que teria ajudado na execução do delator do PCC e está atualmente foragido na Bolívia. As autoridades estudam acionar o governo boliviano para tentar localizá-lo e prendê-lo.

Enquanto isso, a presença de Cigarreira no Complexo da Penha reforça a tese de que ele atua como elo entre o PCC e o CV nas negociações que podem mudar o cenário do crime organizado no Brasil.

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