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Declaração

VÍDEO: Eduardo Bolsonaro diz que vai se licenciar da Câmara e ficar nos EUA

Ele afirmou que continuará no país para buscar punições contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Foto: Divulgação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que vai se licenciar do mandato e permanecer nos Estados Unidos, onde está há 19 dias. Ele afirmou que continuará no país para buscar punições contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Aqui, poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal merecem”, disse em vídeo publicado nas redes sociais.

Eduardo Bolsonaro também acusou Moraes de liderar um “regime de exceção” e usou termos como “truques sujos” para se referir ao ministro. “Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos”, declarou. Ele ainda afirmou que sua “meta de vida” será fazer Moraes “pagar por toda a sua crueldade com pessoas inocentes”.

O anúncio ocorre uma semana antes de o STF julgar se o ex-presidente Jair Bolsonaro, pai do deputado, se torna réu por acusação de tentativa de golpe de Estado. Eduardo Bolsonaro também alegou, sem apresentar provas, que há um plano para prender e assassinar o ex-presidente. “Não tenho dúvida de que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente”, disse.

Consultas ao governo Trump

Antes de tomar a decisão, Eduardo Bolsonaro consultou o governo de Donald Trump e aliados no Congresso americano. As conversas ocorreram durante sua participação na conferência de movimentos ultraconservadores (CPAC), em Washington, no mês passado. Fontes diplomáticas indicam que essas consultas foram decisivas para o licenciamento, que pode durar até 120 dias sem remuneração, conforme a Constituição.

O governo Trump se recusou a comentar o caso, limitando-se a afirmar que não comenta sobre “casos individuais de visto”. Do lado brasileiro, a atitude foi vista como um sinal de alerta sobre possíveis ações dos EUA contra as instituições nacionais, incluindo tentativas de desestabilizar o processo eleitoral de 2026.

Reações no Brasil

A decisão de Eduardo Bolsonaro gerou reações no Brasil. Deputados do PT e o partido entraram com uma representação na Procuradoria-Geral da República, acusando o parlamentar de crimes contra a soberania e as instituições brasileiras. Eles também pediram a apreensão do passaporte de Eduardo.

O deputado petista Lindbergh Farias (RJ) classificou o licenciamento como uma “vitória”, já que Eduardo deixará a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Outras declarações

Eduardo Bolsonaro afirmou ainda que, a partir dos EUA, vai buscar anistia aos crimes do 8 de janeiro e articular internacionalmente por “eleições limpas” em 2026. Ele também acusou Moraes de usar seu mandato como “ferramenta de chantagem”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi declarado inelegível pelo TSE até 2030, mas outros nomes da oposição estão liberados para se candidatar, desde que não tenham pendências com a Justiça Eleitoral.

*Com informações do Uol

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